segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Férias

Vamos dar um tempo pra recarregar as baterias e voltaremos em 2011, com histórias desse verão que promete ser EXTRAordinário.

Aproveitem também!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sessão deles

Ouvir sua voz melancólica ao telefone e te ter tão longe, me faz sentir vontade de te por no colo e mimá-lo até enjoar...
Saudade não mata, mas dói!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Meus amores da televisão

A música de Roberto Carlos e um post sobre Silvio Santos me inspiraram esse texto. Calma, vai dar tudo certo, apesar das referências. Quero mesmo é falar de minhas paixões da televisão, os homens que marcaram minha vida desde a infância e estimularam a criação no meu subconsciente do protótipo do homem perfeito. Vejamos:

O Homem de 6 Milhões de Dólares quando corria me tirava o fôlego! Ai Steve, não fazem mais golas rolê como antigamente...
O Homem do Fundo do Mar tinha guelras, escamas e os olhos verdes mais lindos que a TV preto-e-branca lá de casa jamais apresentou (suspiros). Imaginava ele nadando ao meu lado, sem respirar (mais suspiros)...
Esse é o Superman e ponto final. Olha o sorriso do cara! Derreteu meu coração de primeira. E a cena do voo com Louis Lane? A mais romântica cena da Sessão da Tarde. Que ombros...


Aguardem as próximas sessões, meu coração não permite mais emoção que esta hoje... Ai, ai (suspiros)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Querido papai noel

Sei que está atolado de pedidos. Em meu caso, não quero carro, viagens caras, muito menos jóias.
Eu quero ganhar um amor de presente. Não servirá uma paixão, de incendiar lençóis, nem de amolecer as pernas. Quero um amor bem basiquinho desses que, quando o encontramos, parece já estar em nossas vidas desde sempre. Tão casual que os amigos brincam e comemoram dizendo: "nossa, como vocês se parecem!", "como vocês ficam lindos juntos!"
Eu sei, querido bom velhinho, que não posso ser tão exigente, que o mercado não está para peixe fresquinho, que é cada vez mais expressivo o número de mulheres solteiras, separadas, viúvas, divorciadas, que estão à espera de um amor verdadeiro.
Eu sei, também, homem de barbas longas, brancas e limpas, que o mercado está recessivo, que o número de homens interessantes, solteiros e disponíveis é proporcional ao número de oásis no deserto do Saara. 
Eu sei ainda, senhorio que ama botas longas e pretas, que a sociedade é machista, e não tolera mulheres independentes demais, que tomam decisões com autonomia.
Diante de todos esses argumentos que tenho consciência, eu lhe imploro, homem que lidera trenós e sabe adentrar em chaminés, sem manchar a roupa de cetim vermelho: faz uma varredura no Google Maps, e tenta localizar aonde está o homem que vou chamar de meu, para sempre.
Eu estarei bem aqui, na porta de casa, olhando para a lua e o céu estrelado, esperando o meu amor chegar.
Não sei se adianta reforçar, homem cheio de risadas estranhas como "ho, ho, ho": eu não aceito uma nova  encomenda errada!
No ano passado, pedi errado, eu sei. O Senhor, dono das renas mais ágeis e rápidas que existem, me presenteou, literalmente, com um "pacote". Isso mesmo: um homem pacote! Eu nem consegui desembrulhá-lo, tamanha a dificuldade que tive em entender como ele funcionava. Devolvi pro seu endereço, ok? Com todo o respeito, vê se me ajuda direito, desta vez!
Finalizo a carta esperando acreditar que o meu amor existe, exatamente como acredito que você também existe :)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tudo é uma confusão

Se for pra ser, que não seja em vão

Quando eu era pequenina
Do tamanho de um botão
Carregava papai no bolso
E mamãe no coração

Cresci mais um pouquinho
E mudei logo a canção
Na cabeça estavam os garotos
Papai e mamãe saíram de circulação

Mais alta um pouquinho
Conheci um belo gatão
E ele me fazia sentir
Dor no estômago de montão

O gatão foi-se embora
E cortou meu coração
Conheci pela primeira vez
O que é ter desilusão

Passa o tempo, passa a vida
Disse sim, disse não
Cruzei o caminho de outros
Eles passaram como um furacão

Carente, passei a trazer no bolso
Camisinha e pouca atenção
Convidava qualquer um
Pra cima de meu colchão

Vida doida, passa o tempo
Vivo tudo na contramão
Parece que encontro apenas
Sapo de ribeirão

Hoje na idade da loba
Ando sempre com pé no chão
Mas ficou na minha vida
Um gosto de ilusão

Homens passam, passa a vida
Meus sonhos não passam não
Fico aqui, escrevendo bobeiras
Pra vocês terem diversão

Consolada, estou bem
Vivo na paz sem reclamação
Algum dia terei muito
Amor, carinho e atenção

Me pergunto quase sempre
- Será que não vou ter isso não?
Vai sim, ouvi algum pensar,
Por que o tempo é uma fração

Nada se cria, nada se perde
Tudo se transforma na criação
Mesmo o sapo, bem feinho
Pode se tornar um homão

E olha que de novo
Bate forte o coração
Olha pra o lado, vira pra trás
Abre aquele sorrisão

Mundo gira, nasce de novo
Mantenha a concentração
Esse sim, vale a pena
Tem barba e toca violão

Acaba não, mundão!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Com ou Sem?

Sempre achei desconfortável andar sem calcinha. Nunca consegui ultrapassar a porta de casa com aquela sensação de ventinho subindo e bunda balançando.
Enfim, conversando com uma amiga (extraordinária também, sem dúvida, mas não colaboradora do blog) ela me contou um episódio que se passou com o namorado dia desses.

Estavam os dois a caminho do cinema. Era um namoro recente. Paixão fulminante. Ele ia ao volante, ela ao lado, trajando uma comportadíssima saia reta de cor neutra.
Quando o carro adentrou numa enorme avenida, cuja velocidade permitida é 80km por hora, ela começou a provocação:
- Amor, eu não tive muito tempo de me arrumar pra sair com você...
- Que é isso... você está linda! - Disse ele, acariciando-lhe a coxa, quase toda coberta pela saia.
- É que eu procurei uma coisa especial pra vestir, mas não tinha nenhuma calcinha na gaveta, então tive que vir assim - puxou a mão dele para debaixo da saia.
Ao tocar o pubis nu, ele arregalou os olhos, espantado. Não sabia o que dizer.
- Cuidado com o trânsito...
- Você tem certeza que quer mesmo ver esse filme?

domingo, 21 de novembro de 2010

"...desses de cinema"

Hoje conversando com uma das ordinárias, mais uma vez o tema amor-casamento veio à tona. Ela me lembrou dos filmes americanos, de como o romance beira a surrealidade, e, pior, que não teremos isso em nossas vidas.
Parece que falar sobre o assunto é como se fosse pauta obrigatória, entre nós duas. E, de novo e sempre, tentei justificar que não sou aversa à uma união estável, mas que também não ando por aí com bandeiras imensas, tentando convencer amigos ou inimigos que casar vale a pena. Nunca me casei, por isso, não sou contra nem a favor.
Claro que (ainda) quero experimentar essa sensação de vida de casadinhos, aprender a conviver e dividir pia + banheiro + afazeres domésticos. E o melhor, gostaria de sempre ter, na minha cama, o lado direito (ou esquerdo?) ocupado, com aquele cheiro bom de macho alfa, bem alfa, pertinho de mim. Isso até me arrepia, juro! Daí a dizer que vivo por isso, que tenho isso como meta é, no mínimo, mentira, pra não dizer, uma bobagem mais que extraordinária.
Vou narrar minha trajetória amorosa, até aqui. Uma sucessão de fins inacabados e tortuosos.
Fiquei noiva do meu primeiro amor. A aliança me incomodava tanto, que a escondia, cobrindo a mão, nos bolsos de casacos ou calças. Não podia ser diferente. Não me casei. Quando desisti, liguei pra Arnaldo e perguntei: "você está ouvindo?É isso mesmo, acabei de retirar a aliança do dedo e agora ela está rodando em cima da mesa". Ele ficou mudo, do outro lado, sem acreditar no tilintar do anel, solto, sem dona. Paciência. Superou a perda, já se casou, teve uma filha, já se separou, já me procurou de novo, não deu certo de novo, e agora está com uma namorada fixa e tranquila, bem diferente do meu perfil. Pra ele, canto Vanessa da Matta: "Acabou, boa sorte".
Depois disso, me apaixonei de novo, quis me casar com o Zé, de véu e grinalda, como manda o figurino. Não deu certo. Ele preferiu curtir sua recém- solteirice, após um primeiro casamento fracassado. Pra ele, canto Vanessa da Matta: "Acabou, boa sorte."
Me apaixonei, novamente. Desta vez por um man, muito especial. Ele queria se casar. Mas eu achava que ainda era cedo. Não deu certo. Ele está casadíssimo e parece que feliz. Ainda me procura, como se dono meu ele fosse. Pobre man. Pobre de mim. Pra ele, canto Vanessa da Matta: "vermelhos são (eram) seus beijos...".
E amei outra vez. Desejei muito ser a mulher da vida de Carlinhos. Mas até hoje, ele não sabe se vai ou se fica. Nunca me disse adeus. Nunca me pediu pra ficar. Vez ou outra surge do nada e se declara, com versos dela, de Vanessa da Matta: "se você quiser, eu vou te dar um amor..".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bem Vindos!



Aderindo à brincadeirinha do blog do Edu (onde começou mesmo essa... corrente? rsrsrs)

Partidas e Chegadas. O que te faz feliz?

- A chegada de alguém especial,
- do salário no fim do mês,
- da primavera,
- do Natal,
- do verão,
- das férias,
- do Carnaval,
- do São João
- do fim de semana
- dos e-mails dele
- dos comentários pra moderar no blog
- de novas postagens nos blogs dos amigos.

Em off:
- O retorno de um amor que se foi (se valer a pena, se a alma não for pequena...)

As partidas não me fazem bem, detesto despedidas e a sensação de que não verei novamente aqueles olhos... (a não ser que algum ordinário vá para o raio que o parta!)

Os cinco blogs indicados:

- Impressões, Memórias e Desventuras, da comentarista Paty Michele
- Meu nome é, da sumidinha Ariana Magalhães (sei que seu blog é só de nomes, mas dê um jeitinho, garota!)
- Caralhaquatro, do caralha Marcelo e sua trupe
- Pensar, Fazer e Acontecer, do Bob, ops! Luiz.
- Muito de mim, Muito de nós, de Kátia Tourinho.

Mãos à obra, com criatividade!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sabor de desejo

Nego bom é nome de um doce de banana queimada, muito delicioso. Creio que só exista à venda aqui na Bahia. Não investiguei. Negritude Júnior, uma banda de pagode que definitivamente eu não curto. Um negão de tirar o chapéu. Isso me lembra uma música de Alcione. Marrom bom bom, não é dela também? Deve ser. Da cor do pecado. Uma das muitas novelas globais, bastante preconceituosa. A protagonista era negra. Quer dizer que todos os brancos são anjos? Que sexo tem a ver com pecado? Quanta asneira.
Não imagino de onde vem o meu fascínio, muito menos porque me sinto atraída por negros. Nem creio que isso seja relevante. Gostei, provei, aprovei, e geralmente faço repetidamente coisas que aprovo. Talvez a mídia, as músicas, as novelas, a história afrobrasileira, a Mama África de Chico César, as lindas canções de autênticos negros como Gilberto Gil, Djavan e Jauperi. Ou tudo isso junto. Mas de fato, só provei nego bom, de tirar o chapéu, bem marrom bom bom. Mas juro que não pequei com nenhum deles. Um, em especial, me lembra o sorriso com os olhos. Um outro, a risada solta, gostosa. Um terceiro, as mãos grandes, dominadoras. Me lembrei de um certo rapaz, que me fazia implorar por mais beijos, e mais atenção. E ele dava, sem medo. Com ele, fui jogada contra a parede e de fato não nos machucamos. O último, o mais especial, o jeito que me cheirava, com aquele ar de intelectual, com seus óculos usados somente para assistir filmes. Encostava em mim, e concentrava sua inspiração no meu pescoço como se quisesse sugar minha energia, minha libido, meus sentidos. Desse sinto mais falta. E esse foi o jeito mais simples, mais resumido, pra dizer que amor não tem cor, alma não tem cor, e que preto não é ausência de cor. Pra mim, simboliza vitalidade, sensualidade, uma realidade mais que extraordinária.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A tampa ou a panela?


Essa é uma pergunta intrigante. Vez ou outra fico observando o design das panelas e suas tampas, e tento encontrar a lógica para a máxima que dizem por aí, que "pra cada panela, há sua tampa".
O próprio mercado de consumo, porém, nega isso. Nas lojas vendem muitas panelas solitárias. Aquelas de fritar ovos, rasinhas. São rasas, sozinhas, magrinhas, tadinhas, mas aquecem rápido, e tem mil e uma utilidades.
Comparando-as, isso não lhes parece com a solidão identificada em muitas mulheres e homens contemporâneos?
Penso que temos um número significativo de solitários, de pessoas que até se encaixam umas com as outras, mas, por ora, estão desencontradas. Uma lástima. Dá vontade de chorar, por mim, por todos eles.
Essa é uma realidade expressiva, considerando que, muitos dos que estão juntos estão infelizes. A solidão a dois ocupa casas, quartos, ladeiras, ruas, avenidas, bairros, quarteirões imensos. Percebo cotidianamente, muita gente triste, unida por namoros ou casamentos ruins, ordinários.
Mas, na cozinha, muitas vezes, as diferenças não são tão incompatíveis, como nas relações entre os humanos. Explico:
Uma panela grande comporta uma tampa média. Se for para ajudar na fervura de uma massa, por exemplo. E tampar parcialmente a panela, por uns dez minutos, torna qualquer bom fetuccine "al dente".
Vejam. Se fosse do mesmo tamanho, ficaria 100% fechada...isso dá confusão, faz sujeira no fogão, não é verdade?
Continuando, há panelas pequenas, que comportam tampas grandes. Geralmente aparecem na pressa, quando não há muito tempo para procurar uma menor. E dá certo. Servem para esquentar a comidinha, pra um almoço ou um jantar improvisado...
E em tempos de comida fast food, preciso desabafar: melhor que eles, os homens, estejam destampados, acessíveis, disponíveis, abertos ao amor, ao acaso, à sorte. Nada de tampas, nada de lacros ou limitações.
E em tempos de eleições, que vença a esperança, para renascer a fé no amor, nesse meu coraçãozinho, ainda em frangalhos.
-------
Lembrei das extraordinárias assadeiras, mundão de panelas quadradas, redondas ou retangulares, que dão ótimos assados e não toleram tampas. Bem, acho que já lhes respondi ao título (-:

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Parabéns

Hoje uma mulher EXTRAordinária faz anos.
Para você:
                  Saúde
 Alegria       
             Sorte
                        Sucesso
Amores Extraordinários!!!

sábado, 16 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Já escrevi aqui que gosto de homens fortes, de personalidade e pouco sorridentes. Hoje reitero a minha opinião e venho fazer apologia ao estereótipo do machão, porque mais uma vez, saí do cinema deslumbrada com o Capitão Coronel Nascimento (subiu a patente, oba!).
Wagner Moura não é o tipo bom moço, o lindinho com cara de príncipe, sequer é um homem alto. Mas aquela rudeza emprestada ao personagem, sem dúvida alguma o transformou num sonho de consumo sexual. Ele fica de cara amarrada o tempo todo, os ombros não relaxam, é noiado, solitário e viciado em trabalho, ou seja, o tipo de homem que frustraria os sonhos de qualquer mulher normal, mas, contrariando tudo isso, acho que não seria muito difícil fazê-lo sorrir um pouco.
Afinal, quem não gostaria de ter (ou ser de) um homem honesto, justo, inteligente e que sabe como usar uma arma!!!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Propaganda da marca Amor & Sexo

Jogo de lençol (4 peças), 280 fios, por apenas, R$260,00 (todos os cartões ou 5% à vista)
Encontrar a parceria perfeita, para fazer uso e abuso dessa maravilha de cama: não tem preço (não existe?).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O que aconteceu, com as 3?

Casaram? Separaram? Desistiram do amor? Estão enamoradas? Esgotaram as histórias extraordinárias? E as ordinárias, por que não as contam? O blog vai morrer? Quando será o funeral?
Perguntas de todos os tipos, e nada de respostas. Eu, uma delas, preciso ser bem sincera e drástica: comigo não está rolando nada de interessante, mesmo. A última coca cola que tomei, no deserto, acabou e sequer sobrou para um gole refrescante.
Mas eu sou brasileira, e mesmo sendo contra palhaços e jogadores serem eleitos como deputados, não desanimo. O meu príncipe está a caminho. Só espero que não esteja vindo a bordo de uma tartaruga, por terra. Que venha nela, pelo mar, pois aprendi na escola, que ela é bem mais ágil nas águas, mais ainda que uma baleia!. Ok, que ele não seja uma baleia, também:)
Sério, leitores. Deixe estar, que o amor há de chegar (ih, rimou!). Estou numa fase assexuada, bem ameba mesmo. Parece até que tomei uma anestesia geral: não estou sentindo nada!
Convoco as outras duas, duas delas, para se explicarem junto a todos que aqui chegam.
Agora, vou ali tomar um chá, pra me reanimar (rimou, de novo!).
PS: o blog não morreu.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Há beijos e beijos


Numa dessas redes sociais, por aí, vi uma foto bonita, de um casal se beijando na boca, dentro da água, num mar azul, em volta de um céu mais azul ainda. Eram dois belos homens, expondo publicamente, como estão entrosados e felizes.
Parecia a capa do álbum da lua de mel deles. E fiquei pensativa. Mais ainda. Onde está o erro? Em nenhum lugar. O mundo, mais gay que nunca, nos mostra que é muito natural visualizarmos cenas românticas entre casais do mesmo sexo. Não me causou repulsa, muito menos desprezo. Achei bonitinho. Que bom que superaram o preconceito e estão cada vez menos interessados na opinião dos homofóbicos. Superaram mais esse obstáculo!
Mas quero me ater à exposição banalizada da intimidade. Sejam gays ou não, beijo, pra mim, é história, cumplicidade, envolvimento.
Na adolescência, fazia questão de beijar muito e pra todos verem.
Hoje, se eu pudesse, só beijava entre quatro paredes, pra que ninguém pudesse interferir, bisbilhotar ou até mesmo, estimular o exercício do fetichismo, sob hipótese nenhuma.
E o beijo, no escurinho do cinema, ai, ai...existe coisa melhor? Creio que não...E hoje acordei com vontade de beijar muito. Não sei se a lua me provoca, se é a fase de TPM que estou, ou se é carência mesmo. Daí vi aqueles dois, ali, se acabando e pensei: onde está meu sapo, uma hora dessas? Precisaria beijá-lo, e muito, de preferência num lugar proibido para menores ou maiores. E de frente pra lua, óbvio.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma Primavera EXTRAordinária para vocês!

Porque mulheres EXTRAordinárias merecem uma primavera assim!


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

P, M ou G ?

Vou tocar num assunto que, além de delicado(ops!) é ainda um tabu: O tamanho do pênis.
A pergunta é: Até que ponto isso pode influenciar uma relação sexual? Especialistas afirmam que se o sexo for bem feito e houver integração total entre as partes, o tamanho não faz muita diferença. (acho que essa perspectiva só anima as mulheres dos "Ps".)
Há ainda quem propague que o tamanho não importa, e sim o diâmetro.
Considerações alheias à parte, minha experiência prova o contrário. Meu primeiro ordinário era PP, mas nunca dei muita bola pra isso. Bem, ele foi o primeiro... Com o passar do tempo, reconheci o valor de um M e, principalmente, de um G.
Confesso que há pouco tempo desencantei de um cara após a primeira noite, porque o material decepcionou. Não conseguia mais ver o sujeito com o mesmo interesse de antes, porque lembrava do trocinho, que além de P, era F (fino).
Assim não dá pra ser feliz! Quer saber? Uma mulher EXTRAordinária merece sempre um GG!!!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Alguns ganham um amor...

Eu talvez tenha ganhado, sei lá, indicativos de amor, ou de paixonite aguda. Alguns exemplos. Já ganhei um torpedo que me alegrou por dias. Num aniversário, abri a caixa e lá estavam três macaquinhos azuis de porcelana (um tapando os ouvidos, o outro a boca e o terceiro, os olhos). Nunca entendi a ligação deles comigo, ou da história daqueles que fomos nós 2, com eles 3. Recebi de presente uma ligação que mudou a rota e o mundo. Ganhei um escapulário do santo antônio, deixada na portaria do meu prédio. Ganhei uma lingerie branca, linda, parecendo presente pra noiva, que nunca usei e sinceramente sequer me lembro que fim levou. Ah..ganhei um dvd ao vivo, de um show do cold play, pelo correio, e somente o selo me delatava o remetente. Procurei uma declaração nesses presentes todos. Eram todas subjetivas. E hoje eu ganhei uma canção. O feriado termina assim, pra mim, com a sensação de que cada um gosta do seu jeito e se manifesta do seu jeito. Ouçam, pois é dela, Luiza Possi, extraordinária cantora que tem o dom de encantar com sua voz melodiosa.

sábado, 4 de setembro de 2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Pelo Celular

- Saudade de você, meu amor!
- Também.Queria que você estivesse deitado aqui comigo debaixo do edredon.
- De conchinha?
- Hum hum!
- Com roupa ou sem roupa?
- Sem...
- E você queria que eu fizesse o quê nesse friozinho? Ficasse parado???
- Não, você beijaria meu pescoço, minha orelha, meu rosto, minha boca...
- E o quê mais?
- Desceria beijando meu pescoço, até os seios...
- Huummm
- Beijaria minha barriga, lamberia o meu umbigo, me pegaria pela cintura...
- Tô gostando...
- Desceria mais um pouco, encostaria seu rosto na minha virilha, sentiria meu cheiro...
- Assim eu não aguento...
- Abriria minhas pernas bem devagar e provaria o gosto que eu tenho, como se beijasse minha boca.
- Eu quero!
- Depois você viria pra cima de mim, e pra dentro de mim...
- Não vá parar agora!
- Estaria se movimentando num ritmo frenético, cada vez mais rápido, mais forte e mais intenso, até não poder segurar mais.
- ...
- Amor? Você ainda tá aí?
- Tô sim, mas preciso desligar, vou tomar um banho!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Amor mercadoLÓGICO?

Marketing? Praça? Embalagem? Pós-venda? Que isso?? Já tivemos o fim da era agropecuária. O fim da era industrial. Diz um futurista que estamos na terceira onda (Alvin Toffler), a tal do conhecimento, que já foi da informação. Mas, cá entre nós, ordinárias,o certo é que estamos conhecendo é mesmo o fim dos tempos! O caos instalado nas relações amorosas. E aí vem uma reportagem surreal como essa, para detonar de vez com o meu romantismo.

Veja abaixo, na íntegra,matéria/"receita" publicada por Júlia Reis, iG São Paulo, hoje.
-------------

Ok, você não é um produto. Mas pode estar jogando contra os seus interesses. O marketing pessoal aplicado nos relacionamentos ajuda a traçar uma estratégia eficiente para as conquistas amorosas. Conheça algumas recomendações:

Venda-se corretamente

Sabe aquela amiga linda, legal e inteligente que não consegue conquistar ninguém? Talvez ela esteja precisando de algumas aulas de vendas. O mais importante nessa regra é o empenho na construção de uma imagem bacana, positiva e confiante. “Se ela tiver um belo sorriso e brilho nos olhos, todo mundo vai querer”, diz Edmundo Vieira Cortez, autor do livro “A Magia do Marketing Pessoal” (Editora Alaúde).

Foco total no objetivo

Antes de agir é importante estabelecer o seu foco, ou seja, o objetivo. O que você quer? Um namorado, um relacionamento informal, uma relação que pode virar casamento? Com essa questão clara, você define o seu posicionamento e com qual tipo de homem vale sair no sábado à noite. Outra dica: atirar para todos os lados é ruim. A energia dispensada poderá resultar em quantidade de pretendentes, mas não em qualidade. Resultado: várias ligações que você não quer atender e recados indesejáveis no Orkut.

Defina o "target"

O “target” é o seu alvo, um parceiro em potencial. É hora de definir qual o tipo de homem te interessa: características físicas, intelectuais, valores e sonhos. Desejar o “príncipe encantado” é inevitável, mas reconhecer e valorizar o “homem real” é o caminho mais eficiente para encontrar pessoas legais e “possíveis”. Faça uma relação das qualidades mais importantes para você no homem e - seja realista - liste também os defeitinhos aceitáveis e inaceitáveis.

Posicionamento coerente

Parece boicote, mas muitas vezes agimos em desacordo com os nossos objetivos. Por isso, é bom ficar atenta. Por exemplo, a garota que só quer curtir não deve alimentar os sentimentos do rapaz romântico. Em contrapartida, as que sonham com uma vida estável devem fugir dos “problemáticos em crise”. O que você faz na companhia deles também dá pistas de suas direções na vida; você deve estar em harmonia com o seu "target".

Defina a praça

Onde estão os homens que te interessam para uma relação? É lá que você deverá ir sempre que estiver disposta a conquistar. Esperar encontrar alguém interessante em um ambiente que não combine com o perfil do “target” é acreditar demais na sorte. Por exemplo, não adianta cair na balada se o “público alvo” frequenta bares sóbrios e sofisticados. Para esse perfil, Heverton Anunciação, especialista em marketing nos relacionamentos, dá a dica: “É melhor gastar todo o dinheiro de uma vez a cada 15 dias lá [no tal bar caro] do que ir sempre a lugares que não dão em nada”, avalia.

Atitude positiva

Todo mundo sabe que ninguém gosta de gente negativa. Por isso, aborde assuntos legais, conte histórias divertidas e mostre o quanto você é interessante. Excesso de lamentações, reclamações sobre o trabalho e família afastam qualquer pretendente. “Seja uma pessoa bem humorada e amiga, que se importa também com a felicidade das pessoas ao seu redor. Assim as pessoas virão até você”, diz Anunciação, que também assina o livro “Viva Finais Felizes” (Editora Elevação).

Cuide da embalagem

O corpo é sua caixa. O produto pode ser ótimo por dentro, mas se a apresentação for ruim ninguém vai parar os olhos no rótulo – afinal, não é isso que você espera dos homens também? Você não precisa pirar na malhação e comprar dúzias de roupas novas, a dica aqui é simples: valorizar os pontos fortes. Mas lembre-se que a embalagem não significa "satisfação do cliente", ela só tem impacto em curto e médio prazo.

Sintonia é tudo!

Achou o cara? Bacana! É hora de conquistá-lo. Uma passada pelos perfis dele nas redes sociais ajuda no levantamento de mais detalhes: ele é romântico, introspectivo ou sonhador? Qual tipo de música gosta? Prefere praia, cinema ou balada? Descubra interesses em comum e quebre o gelo na próxima conversa. Ressalte suas afinidades de forma discreta e quase casual. Para jogar charme, siga a dica de Cortez: “Faça os mesmo gestos, fale no mesmo tom que ele. Isso ajuda na aproximação”, recomenda.

Invista no pós-venda

Um bom serviço de pós-venda é o que fideliza o cliente, ou seja, mantém o parceiro interessado. “Pós-venda é o que fará durar. Homens e mulheres falam que são ótimos na conquista, mas esquecem de manter isso depois”, diz Heverton sobre os casais acomodados. Por isso, mantenha o bom astral, invente programas bacanas, elogie as boas atitudes, capriche no visual e, sobretudo, seja muito feliz ao lado de quem você ama.
--------------

Sorrir ou chorar? Quero morrer!!!!!!!!

domingo, 22 de agosto de 2010

Só Mais Um Amigo (?)

O conheci num bar. Enviou-me um cartão de visitas pelo garçon. Advogado. Confesso que me impressionei, e guardei o cartão. Nunca se sabe quando vamos precisar de um advogado. Por insistência de algumas amigas, mandei um e-mail. Daí surgiu uma amizade virtual, e os laços foram se estreitando através da rede. O primeiro encontro, num café, pairava no ar uma timidez absurda, que foi sendo quebrada à medida em que teclávamos. 
A confiança foi crescendo e a amizade se fortaleceu, mas ele não perdia sequer uma oportunidade de manifestar o seu interesse. E eu de deixar claro que não passaríamos de bons amigos.
Porém, um dia, após duas ou três cervejas (e uma desilusão amorosa), numa esquina no fim do mundo, nos beijamos. Um beijo surpreendentemente envolvente, excitante. Fui embora dali com medo de mim mesma e daquela sensação estranhamente gostosa.
Voltei pra minha desilusão, e ele ali, sempre a postos, colocando-se à disposição para ser "usado e abusado" quando eu precisasse.
Não encararia. Algo me dizia que algum coração ali sairia magoado (e certamente não seria o meu!). Mas não desprezava as conversas durante os cafés, os conselhos e a boa companhia dele.
Mas para minha surpresa, um ano depois, numa noite de chuva, após algumas cervejas e outra desilusão amorosa (diga-se de passagem com o mesmo traste!) nos abrigamos numa cobertura às escuras. 
Se foi a cerveja, se foi carência, se foi aquele beijo que me surpreendeu, eu não sei! Só sei que enquanto a chuva caía, caí em seus braços, em seu colo e perdi o juízo.
De vez em quando, entre um longo beijo e outro, abria os olhos pra ver se era mesmo ele quem estava ali comigo, porque ainda não acreditava que havíamos chegado àquele ponto. 
Sim, era ele, com quem eu jamais cogitara me envolver. No fim, rimos muito, espantados e felizes com o que fizemos e porquê fizemos. Graças à chuva, à cerveja, ao meu estado de carência e à sua infinita paciência.

Acho que minhas histórias extraordinárias vão ter que dar uma paradinha...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Mar morto

Nada mais de olhos azuis. Sei que todo luto deve ser vivido, para que seja exorcizado o mal, pela raiz. O último capítulo só teve palavras malditas, literalmente bem ditas. Ponto final. Gira o mundo.

domingo, 15 de agosto de 2010

Sessão colírio

Eita Grazi, você é feliz e sabe disso! Cuida, porque o cara é extraordinário, um fofo!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Muito + que amor e sexo...

..quando se ama com a alma. E essa canção tenta falar disso.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Amor nos Tempos da Web Cam

Tive um namoradinho a distância na adolescência. Trocávamos cartinhas fofas, cheias de declarações, e só nos víamos a cada três semanas. Fomos proibidos de usar o telefone, depois que as contas ficaram astronômicas. E internet, naquela época, era um luxo para poucos.
Hoje os amores virtuais se multiplicam na mesma proporção veloz que as tecnologias avançam. Com tantos recursos disponíveis fica fácil amar de longe. 
Só não dá pra substituir o toque, o cheiro, o gosto...
Agora me encontro nessa situação. Há dias em que quase perco o juízo, tomo banho com a cam ligada, deito e me delicio com meu amado, do outro lado da tela.
É como se ele estivesse ali, me despindo, falando coisas picantes pra que eu enlouqueça por ele, solte meus instintos e atenda a seus pedidos, cada vez mais ousados. E eu vou cedendo aos caprichos dele, vou me entregando aos poucos, me mostrando, tentando diminuir a distância que nos separa, embora o calor que queima meu corpo não aplaque o desejo de ter o dele, de tocá-lo, senti-lo, cheirá-lo...
Bendita seja a tecnologia, que permite minimizar a saudade. Ou maldita, por aumentar minha sede de tê-lo?
No final, acabo dormindo sozinha, sentindo o vazio que essa distância cruel nos impõe.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Homem com H

Nos últimos dias ando sentindo falta de um pouco de virilidade à minha volta... Parece que, pra qualquer canto que eu olho, tem um homem sorrindo. E isso me espanta, me afugenta!
Permitam-me explicar:
Cansei dessa história de metrossexual. Acho que os homens estão perdendo a medida e caindo no exagero. Concordo que é preciso se cuidar, estar sempre limpinho e perfumado, mas uma barbazinha por fazer, de vez em quando, vai bem, não? Até gosto de homens cheirosinhos, mas nada como o cheiro natural do corpo masculino para aguçar nossos sentidos.
Essa história de depilar o peito e fazer a sobrancelha comigo não cola! Homens cheios de frescura, vaidosos demais (ou sem nenhuma vaidade, como os que estão acima do peso) e que estão sempre rindo de alguma coisa... longe de mim! 
 Homem tem que ter cara de macho, emanar virilidade.
Não estou me dando com o Alexandre Borges, todo boiolinha, na novela das 7. Ok, ok, é o personagem. Mas outro dia o vi sorrindo, estampando um out door na rua e virei a cara. Deu vontade de bradar bem ao estilo nordestino: "Toma jeito de homem, fecha esses dentes!".
Nada contra o sorriso deles, por favor, alguém me entenda, quero ver sorrisos como o do Clive Owen, ou do George Clooney. Ali residem o mistério, o magnetismo e a sedução, traduzidos numa só palavra: Virilidade. E isso mulheres EXTRAordinárias sabem identificar muito bem. É o chamado sorriso de macho. Nada de dentes escancarados a la Reynaldo Gianechinni (que é lindo, mas convenhamos, se abre demais).
Os meiguinhos que me perdoem, mas se eu precisasse de uma coisa fofa, teria um cãozinho ou um ursinho de pelúcia! Prefiro os fortes, másculos, viris e de poucas palavras (atitude é tudo!).

Viva a macheza!

domingo, 25 de julho de 2010

Arquétipo de Macho


"Eu morro de medo é da mediocridade, do meio, do burocrático."
É isso! É essa a simplicidade que quero na vida! Tem outro espécime desse no mundo? Se estiver disponível, melhor.
http://revistatpm.uol.com.br/revista/97/paginas-vermelhas/sou-so-um-cara.html#5

No meio do caminho, tinha um cavalo!

Sei que isso não é uma forma sutil de começar a narração sobre uma saída "mico", em uma noite de sábado. Mas convenhamos, sabemos que pedras são obstáculos muito comuns na vida noturna, sobretudo quando a relação homens disponíveis versus mulheres disponíveis está cada vez mais negativa, pendendo para o insuportável.

Fato. A ala masculina interessante e disponível está em fase de extinção, como alguns animais que o globo repórter anuncia, a cada quinze dias. Claro que os grandes repórteres televisivos intercalam momentos extraordinários entre uma reflexão séria sobre os ursos ou leopardos e outra mais ainda instigante sobre o que ocorre por dentro de nós quando nos apaixonamos...

E por falar em paixão, e voltando a falar no que comecei a narrar, hoje fui arrastada por mais duas, para um aniversário de alguém que eu não conhecia. As justificativas foram todas convincentes do tipo: “vamos, você vai conhecer pessoas novas”, “em casa não vai acontecer nada”, “o jantar vai ser fantástico” e por fim dispararam “muda a sua rotina, que você dará chance ao acaso”.

Ouvi tudo, concordei com a cabeça, saí da net a contragosto e me produzi para o grande evento. Escolhi um pretinho básico, pus uma meia da moda (fio 80) e minha nova e linda aquisição: um scarpin cor de uva. Maquiagem, cabelo escovado, emocionada com a possibilidade de me surpreender. Eu vou tentar descrever em poucas linhas, antes de chegar ao cavalo parado no meio do meu caminho, ok?

Festa de uma mulherzinha de 28 aninhos (ai, inveja... flor da idade). 10 mesas alocadas no final de um grande salão dentro de um clube (desses de bancários), visualizou? Pois bem. No palco um homem em pé e um teclado, com o mesmo ritmo tocando coisas como “esse alguém sou eu, ai, ai, sou eu...”. Um horror aos meus ouvidos tão acostumados com Lenine, por exemplo.

Das dez, cinco mesas ocupadas: os pais da “jovem”, tios e primos, na outra dois casais se requebrando nas cadeiras (não entendi porque não estavam dançando já que eram pares), na outra mais três casais e um coitado feio, com alguns dentes a menos, também se requebrando na cadeira (esse ficou assim, nas duas horas que suportei a festa de arromba). Na última mesa, claro, a moçada reunida, os animadinhos, os mais felizes.

Olhei em volta procurando por garçons e me apareceu uma mulher de preto, garçonete séria e rápida. Parecia a mulher gato, tão ágil com copos e bandejas. Ela nos serviu nas primeiras rodadas e por fim se cansou e começou a despejar a garrafa inteira de cerveja na mesa. Será que se cansou? Ou era o combinado para deixar os convidados mais a vontade com o manuseio? Enquanto pensava isso, a aniversariante com idade de fazer inveja se aproximou sorridente e eu fui taxativa:

- Cadê os rapazes solteiros da festa?
- Não sei se existem e se virão.

Eu sorri incrédula com a falta de perspectiva de uma mulher com apenas 28 anos. Meu Deus, nessa idade, me lembro que as coisas estavam melhores. Ou o meu grau de exigência era menor? Não sei. Ela começou a contar do paquera que tinha conhecido na semana anterior. Perguntei se estavam se falando, se ele ligou para parabenizá-la e ela disparou novamente:

- Não ligou nem acho que vai ligar. Eles não ligam. Já sei que é assim.
Fiquei com peninha dela, tão novinha...

O jantar foi servido. Claro que comi e não gostei. A intenção era outra. O tecladista estava surtando nos arrochas, e o meio feio meio banguela, junto com ele. Eu vi que outra mesa tinha sido preenchida. Eram homens vestindo roupas de algum esporte. Talvez futebol, desse mesmo clube. Ou seja: ali estavam, ali chegaram à festa, ali iam ficar, daquele jeito: com tênis, jaquetas de tecido sintético, com números gigantes demarcando quem era quem no time. Todos muito desarrumados e claro, com alianças enormes. Neste momento, um me chamou a atenção. Estava escrito no seu casaco: ARNALDÃO. Uau. Era grande, simpático, com cabelhos grisalhos. E a aliança confirmou que ele também já tinha sido fisgado por uma mulher mais esperta que eu. Bingo (pra ela).

A festa estava “bombando” desse jeito. Implorei com o olhar pra irmos embora. Todas levantaram imediatamente. E no caminho pra casa, com meu scarpin cor de uva, um cavalo estava literalmente parado, no meio da pista. Eu apenas sorri e disse: agora tenho que escrever sobre isso. Nada de homens. Nada de paqueras. Um cavalo surgiu, anunciando que a ala masculina (e disponível) está “quase extinta”. As bestas estão por toda parte, dominando tudo.

sábado, 24 de julho de 2010

Fim, The End, Fin, Tchau, Fui, Adeus, Acabou, Cansei, Vá Se Lascar!


Entenderam tudo, não é? Acabou toda a fantasia e estou tiririca, fula da vida, com vontade de matar os homens, mal humorada, querendo cortar os pulsos com os dentes, desiludida, chorosa, raivosa, irritada, tensa, soltando fogo pelos olhos e triste, só, carente, pronta pra ficar o dia todo sentada, assistindo filmes idiotas, me achando uma idiota, tentando reagir, ouvindo música de Otto e quebrar copos, quebrar esse computador, quebrar o celular, quebrar a cara, quebrar as gorduras extras de minha barriga, quebrar a perna de tanto correr pra esquecer, esquecer, deletar, formatar o disco, apagar as memórias, os desejos, as projeções, as perguntas de porque não eu, porque não eu, porque não eu...
Arnaldo, socorro! Me ajuda aí com sua poesia, suas palavras colocadas nos lugares certos, horas certas, onde me inspiro sempre em momentos oportunos à reflexão. Me ajuda a entender o que tenho que aprender nessa vida besta!


Nunca mais vou gostar de você, nunca mais
Nunca mais, entre nós não dá mais, nada mais
Mas, se alguém perguntasse eu diria
Que ia, queria
Muito mais, muito mais, muito mais, muito mais
Muito mais do que um sonho seria capaz
Muito mais do que já nos sacia e apraz
Mas depois de tamanha alegria
Eu sei que eu sofreria
Muito mais, muito mais, muito mais, muito mais
Nunca mais vou pensar em você, nunca mais
Tanto faz um a mais entre tantos finais
Eu não vou semear fantasias e melancolia
Nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca mais
Meu amor
Vou tentar deixar de lamentar saudade
De você pra sempre
Vou deixar de ter tristeza por não ter você

(Arnaldo Antunes, Nunca mais)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Sessão deles

Pára o mundo que eu quero descer. Sexta-feira. Dia chuvoso, frio, pedindo boa cia, um bom sambista na vitrola e muito samba nos pés, pra aquecer esse corpinho cansado da semana "trash".
Depois, depois...já que a imaginação rola solta, melhor deixar esse cara extraordinário falar, me encantar, lá pelas tantas...e ela lá, pertinho dele. Que inveja dessa ordinária! Aproveita, minha filha, por mim também!
Entrevista com Diogo Nogueira e Roberta Sá, logo lá, na Lapa, sedução pura...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nosso dia

Pois então. Decidimos lá atrás, que éramos (ou nos tornaríamos?) seres extraordinários. Com chuva ou com sol, de dia ou de noite, no inverno ou no verão, na primavera e no outono também.
De forma colaborativa, virtualizada, criamos aqui a junção de mulheres pensantes, trabalhadeiras, guerreiras, amigas, blogueiras, criativas, inventivas, com corações gigantes, que mesmo em frangalhos, conseguem dar a volta por cima (ou por baixo) e transformar as emoções em escritos. Os neofreudianos diriam que sublimamos, extraordinariamente bem. Que bom, então!
E já que hoje é o dia do amigo, queria dedicar este post e o dia a vocês duas, que me suportam, me toleram, me dão liberdade para eu escrever e enlouquecer vocês e os leitores com minhas sandices sobre amor e sexo, ou sobre sexo e amor, que seja.
Tomara que a nossa união, em torno de ideias, sonhos, projetos, palavras, textos, músicas, poesias, papéis de paredes e imagens de arnaldos, carlinhos e zés, seja sempre para que nos tornemos melhores como mulheres, melhores como seres humanos e melhores como amadas amantes, para cada homem extraordinário que cada uma de nós encontrar nas vias duplas e sinuosas que já estamos rodando, rodando e rodando....
Amigas extraordinárias, vamos lá, temos muito o que tricotar, desabafar ou mesmo socializar por aqui. Nada de vingança na escrita. Chega disso. Só desejo que tenhamos muito prazer em nossas vidas.
Que o amor se espalhe pelos quatros cantos, pelas terras e ares, para todas nós!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Novo significado para PA

Não preciso falar da definição anterior. Sou uma menina educada, que tenta ser extraordinária, que odeia xingamentos.O novo significado para PA, condizente com o meu momento significa apenas: Perdoa Amigo! 
Desculpa se te usei, se te fiz acreditar que, a partir do sexo, travaríamos uma relação de amor. Perdoa se parecia que daríamos um novo início, um novo sentido para nossa união (momentânea e besta) de corpos. Mas foi só isso mesmo. Que pena ter provocado, digo, insistido, nesse reencontro tão vazio, sem cheiro de romance, sem gosto ou sabor de quero mais você, quero mais sua alma, quero mais dengo, quero mais sentir, que suar ao seu lado.
O meu pedido formal de desculpas, para esse amigo querido, espera ser de alento. De desculpas verdadeiras, desejando nunca mais precisar de nenhum estepe, de um desejo de consumo, como o é, comer uma pizza, ou sanduba, com muita fome, mas que logo depois jogamos os restos ao lixo, que logo depois desprezamos as sobras, sem dó ou piedade. 
O que seriam as sobras, em nosso caso? Certamente, o que não "consumimos", não alcançamos juntos. Desejo de se ver reconhecido nos olhos brilhantes e sorridentes do outro? Um cafuné gostoso? Um colo pra deitar? Conversar sobre tudo? Cumplicidade? Mãos entrelaçadas até pra ver um filme? Ou dormir, cansados e apenas dizer um pro outro um "boa noite"? Não amigo, você não fez nem faz parte desses meus sonhos doces e românticos. Pelos vazios, PA, por favor, me perdoa!
E se aceitares as minhas desculpas, voltaremos ao velho status de amigo, nada colorido, preto e branco mesmo, do tipo que fala e escuta as verdades, entende, sorri, chora, despenca mas sabe que a vida continua(rá), divertida, louca, diversa.
E se o sexo foi bom, imagina quando você tiver o sexo adicionado de PA: Paz e Amor? Sorte, pra nós dois. Me perdoa, amigo. Eu não sabia o que estava fazendo. Agora eu sei, e não te quero mais. Apenas não te quero mais. Não mais, não é Lulu?

domingo, 11 de julho de 2010

Meu pecado vivia na piscina

Não houve jeito. Hoje, no final da copa do mundo, tudo conspirou para eu contar a história com o meu vizinho espanhol.
Primeiro porque o seu país, merecidamente, levou pra casa a taça do mundo, que já foi nossa. Depois li o post anterior, de uma das ordinárias daqui. Terceiro, liguei para outra ordinária para confirmar se já havia postado algo sobre esse europeu genuíno no blog. Após negar, ela concordou comigo. Tinha que ser hoje a vez dele por aqui chegar.
E, obediente, tentei me lembrar com riqueza de detalhes. Espero que apreciem, sem moderação, porque ficou comprida a narração!
-------------
Vizinhos fazem parte da vida e da rotina de todo o mundo. Casa, apartamento, sítios, hotéis, no campo, no trabalho, no avião... basta estar de um lado ou de outro, embaixo ou em cima, eles estão por perto, pelos quatro cantos. Às vezes silenciosos, outras tantas ruidosos, e poucas vezes, para nossa infelicidade, extraordinariamente encantadores.
O meu caso com o encantador, e pedaço de bom caminho, teve início na beira da piscina, numa tarde de primavera, com o sol nublado, meio sem graça. Eu estava com uma amiga, parceira perfeita para aventuras de todo tipo. Suspiramos juntas.
Colocamos os óculos para melhor contemplar toda aquela expressão corporal, bem talhada, parecida com a dos jogadores que bravamente correram, caíram, chutaram, suaram e saíram vitoriosos, no final do jogo de hoje, contra os outros lindões da Holanda. Certo, preciso lembrar do juiz da partida, também, careca e lindo. Até os carecas de lá são extraordinários. Haja coração, hein Galvão?
Voltando ao "caso espanhol", de nome C. Esteban, nós fingimos que ele era qualquer um. Um transeunte. Nunca imaginei escrever essa palavra, muito menos no Extra, mas enfim, fingimos que ele era um transeunte. E ele puxou conversa. Nos revelou seu sotaque confuso, abrasileirado, apresentou seus dentes brancos, que mais pareciam os de uma propaganda de creme dental.
Conversamos bobagens, papos internacionais do tipo: no Brasil é assim, na Espanha é assado... nos pareceu um tanto exagerado, com ares de quem gosta de briga, meio pit bull, irado com as bandas de pagode e mais ainda com as indelicadezas e péssimos serviços de atendimentos do nosso país.
Enquanto ele praguejava, nós só fazíamos medir cada centímetro do seu corpo. Me faltou uma lupa, nesse momento...e sorrimos ao sol, se pondo e sem graça. E nos despedimos. Fomos almoçar e resenhar sobre aquilo tudo que contemplamos. Na saída pro shopping, o elevador parou no décimo andar. Eu sabia que era o dele. Eu sabia que era ele que entraria. Ainda mais bonito, mais espanhol, mais cheiroso, mais cheio de vida, mais apetitoso, assim, limpinho, de meias brancas. Nos olhamos, sorrimos, nos despedimos mais uma vez.
Logo entendi seus hábitos no prédio e a piscina passou a ser meu lugar predileto de visitação. Eu, ele, aquela água azulada e toda a minha fantasia me contorcendo.Neste dia, ele me disse que tinha açúcar, caso eu precisasse. Nessas situações, uma mulher extraordinária apenas sorri. Foi o que fiz. Além disso, mandei torpedo para as duas ordinárias. Comemoramos a paquera adocicada! Todas, surtadas, desejantes para saber o final desse climão, nascido entre essa temperada baiana e o temperamental estrangeiro.
Os meses se passaram.Ele viajou pra Espanha. Ficou três meses por lá, como o faz ano após ano desde que se mudou pra Bahia. E três meses foram exatamente o tempo, em que diariamente, eu passava na garagem pelo seu carro de câmbio automático, e repetia um mantra "delícia... ainda te devoro!"
Ele voltou, finalmente. E no mesmo dia nos encontramos na piscina, "o nosso cúmplice lugar". O sorriso dele era melhor que se refrescar com uma limonada, num dia quente do verão, que já se fazia presente, com seu sol, cheio de graça.
E o tempo passou. E eu decidi, no penúltimo dia do ano, ser uma boa vizinha, mas só para ele. Interfonei para lhe desejar um feliz ano novo. Na verdade estava a espera de um milagre. Um reveillon bizarro que tinha pela frente, com um paquerinha meio gay e sua família, tinha que ter uma véspera mais animadora.
O porteiro, sempre solícito, me disse: "senhora, ele saiu pra correr....quando voltar da corrida, darei o seu recado. " Eu agradeci, morta de vergonha, e me esqueci de esperar.
Não imaginei que ele fosse tocar a campainha duas horas mais tarde, já limpinho, mais bonito, mais cheiroso, mais espanhol que nunca, e fosse me perguntar, rispidamente, o que eu desejava falar com ele.
Não imaginei também que ele aceitaria meu convite para entrar, e que na minha varanda iria me tascar um beijo cinematográfico.
Muito menos que me arrastaria para (minha) cama, me faria entender, em segundos, porque é tão caliente e forte como os toureiros da sua região.
Ele se mostrou tão intenso quanto demonstrou ser o goleiro e capitão do seu time, quando o vi beijar a taça do mundo, que já foi nossa.
E claro, nos devoramos, intensamente. Promessa cumprida.
Por essa conquista, nada de fogos de artifício. Todas as vuvuzelas do mundo tocaram em sintonia naquela noite de veraneio do dia 30 de dezembro.
E como não acreditar em milagres? Eles existem sim. Papai noel também. Veja o meu presente. Chegou mais tarde, bateu em minha porta, quase (já) desembrulhado, só pra mim.

sábado, 10 de julho de 2010

O Pecado Mora ao Lado

Ele não mora ao lado, como sugere o título, mas em cima ("em cima de mim", como cantaria Vanessa da Mata seria óóóóótimo), ou em bom português, dois andares acima do meu apartamento. Desde que me mudei, não tiro os olhos dele. Até já brigamos, por causa de uma vaga na garagem (adorei vê-lo enfurecido, rsrsrs). Mas essa coisinha fofa vive acompanhado, há sempre uma garota diferente ao lado dele (todas feias, claro, gordas e desconjuntadas, afff).
Embora meu interesse já tenha chegado aos seus ouvidos, ele se faz de desentendido quando nos encontramos nas áreas comuns do condomínio. E para o meu desespero, sempre estou descabelada ou desarrumada, quando essas oportunidades surgem. Aí não dá pra investir, né? (uma mulher EXTRAordinária não arrisca uma paquera se não tiver chances de se dar bem)
Como ele mora com os pais, consegui aproximação com a mãe, e logo conquistei o coração dos velhos. Mas ele parece não me enxergar. 
Essa semana eu bati lá, fui devolver um prato, pois sua mãe havia me mandado uma generosa fatia de um bolo delicioso. Para minha surpresa (e desespero também, pois acabava de sair do banho e não havia sequer passado um batom) quem abriu-me a porta foi ele. Fiquei sem graça (sempre fico sem jeito diante dele), lembrei que estava trajando uma camiseta velha, short e chinelos de usar dentro de casa.
Disse-me que sua mãe não estava, não me convidou a entrar (ah, se ele faz isso, juro que tomava coragem), apenas pegou o prato de minhas mãos. Agradeci e virei-me pra ir embora, quando o ouvi me chamar: É hoje, pensei. Mas ele não fez nenhuma gracinha, como eu desejava, apenas ofereceu-me limões fresquinhos, vindos do sítio da família. (Deveria convidá-lo a tomar uma caipirinha... o que mais eu faria com limões???)
- Não, obrigada.
 Entrei no elevador sentindo raiva de mim mesma por ter ficado paralisada diante dele e desperdiçado aquela chance única. 
Um pecado! Pensando bem, pecado mesmo é ele não me dar bola!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Teclar para pedalar...

Claro que foi na escrita que nos encontramos com mais fervor. Os encontros presenciais (não estou falando de aulas de pós-graduação), foram fortuitos, passageiros, rápidos demais. No passado até que foram mais duradouros. No presente, só virtualmente, via msn. Nunca nos beijamos. Sempre nos desejamos. Isso já foi textualmente dito por ambos.

Como descrevê-lo, fisicamente, além do que o meu coração sente ao teclarmos a qualquer hora do dia? Zezito é doce. Tem minha idade, é leonino de olhos azuis, careca, e apesar de branco, está sempre avermelhado, como se estivesse com vergonha ou bravo com alguma coisa, do tipo "O Brasil perdeu (de novo) a chance do hexa!"

É muito espirituoso. Conversa inteligente que seduz, sabe? Quando sorri, faz aquelas covinhas infantis de um lado e de outro da face. Está com um peso adequado, estatura mediana, se bem que, ao meu lado, parece que somos do mesmo tamanho...que bobagem, isso já é fantasia minha...deve ser mais alto, claro!

Ama pedalar, e obviamente, faz parte daqueles grupos que saem por aí, em suas modernas bicicletas. Tem portfólio profissional. Especialista em design. Mas não consigo falar mais que isso. Prefiro falar do que nos envolve. As palavras trocadas nos envolvem. Sedução de primeira, na world wide web!

Custei a acreditar em almas gêmeas. Ok, ainda não acredito. Se existir, pode(rá) ser ele a minha. Porque nos entendemos nas entrelinhas, nos silêncios. Penso no que pode vir como resposta até naquele momento que, do outro lado, aparece a mensagem no rodapé: "seu paquerinha fofo está teclando".

E ontem tivemos aquele papo revelação/declaração. Ele, por fim, despejou em forma de texto, tudo o que estava preso na garganta, digo, no coração. Me disse sem muito jeito, porque além de tudo é um tímido, que estava muito intrigado conosco. Que pensava em mim mais do que devia, que me desejava muito, que éramos muito parecidos, que não via a hora de nos reencontrarmos para andar de bike.

Ok, o "quase" convite para um encontro a dois será cercado de ruas, asfalto, gente, carros, sinaleiras, pedestres, frio, vento, cabelos fora do lugar (argh) e ainda a testagem de como eu me comportarei sob duas rodas, como eu me sairei tendo que acompanhar, esse meu amor, extraordinariamente virtual.

Mas não existe o teste do biquini? Então...comigo será o teste da resistência: quanto tempo ficaremos pedalando até que encontremos um lugar seguro, longe dos olhos e ouvidos externos, para o primeiro beijo?

Mesmo com a ansiedade me corroendo, decidi que não vou investir dinheiro neste meio de transporte. Quando pequena, nas vésperas do natal, vivia a implorar em recadinhos singelos com a frase "eu quero a minha caloi". Ou seja, antes de finalmente chegarmos aos finalmentes, terei que pedir emprestada ou em último caso, roubar a bike do meu sobrinho, por algumas horas.

No msn de ontem eu li "nem consigo dizer o que senti quando nos abraçamos. Queria ter ficado ali, com você, pra sempre".
-------
Onde é mesmo que se vendem bicicletas de última geração??

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Livro Extraordinário


Resuminho rápido: Adriana, 38, inteligente, rica, antenada, culta, linda, sofisticada e neurótica, resolve castrar o namorado, jovem ator de lindos bíceps e QI de jiló.

Minhas impressões: adorei! Li ontem, largada no sofá, com dor de garganta, usando meia vermelha, pijama marrom e moleton cinza, com vontade de mandar todo mundo TNC, tomando chá de capim cidreira e comendo pipoca (estilo “Mulheres a Beira de Um Ataque de Nervos). Fernanda Young com toda a sua lúcida loucura levanta questões maravilhosas para refletirmos; vou decodificá-las do meu jeito, aqui só pra gente:
  1. todas as relações são baseadas em interesses – sexo, dinheiro, status, companhia, vaidade etc;
  2. chega de guerra dos sexos – não existem inimigos;
  3. Fernanda Young queria ter um pênis;
  4. Suzana Vieira é uma esfinge;
  5. só as mulheres entendem o que é a figura na capa do livro.

sábado, 3 de julho de 2010

Ele me disse "até breve"



Essa era a música que gostaria de dedicar para meu mocinho dos olhos cor de tarde chuvosa. Tudo isso era o que queria dizer pra ele, mas não vou dizer: ele tem dona, alias como parece acontecer com todos os homens do planeta. E eu, muito catolicamente, me sinto pecando ao desejar o homem da próxima. Por isso só dedico a música, anonimamente, como uma boa ordinária que sou, e rezo, rezo muito, para um dia ficar com (um) você amor.




Mundo Inteiro
Roberta Campos

Quero ver você com esses olhos
Olhando para mim olhar inteiro
Falo bem baixinho e completo
Passando a mão no teu cabelo
Esqueço que a hora passa e invento
Um modo de ficar por muito tempo
Seguro tua mão e me contento
Fazendo isso durar por toda vida
Eu vou, eu vou, eu vou
Ficar com você amor
Quero ver você com esses olhos
Olhando para mim olhar inteiro
Falo bem baixinho e completo
Passando a mão no teu cabelo
Esqueço que a hora passa e invento
Um modo de ficar por muito tempo
Seguro tua mão e me contento
Fazendo isso durar por toda vida
Eu vou, eu vou, eu vou
Ficar com você amor
Se me disser que amanhã é tarde
Te falo mil razões que me invadem
Preciso de você o mundo inteiro
Agora que já sabe da um jeito
Eu vou esperar você amor
Pode ser o tempo que for
Eu tenho a eternidade aqui comigo (2x)
Se me disser que amanhã é tarde
Te falo mil razões que me invadem
Preciso de você o mundo inteiro (parada)
Agora que já sabe da um jeito
Eu vou esperar você amor
Pode ser o tempo que for
Eu tenho a eternidade aqui comigo (2x)

Homem Inteligente falando sobre Mulher

(Recebi por e-mail e achei que era a cara do Extra, pena não conter o nome do autor, sem dúvida um homem EXTRAordinário.)
"O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa, que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. 
Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha 'Salvem as Mulheres!' 
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:

Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem
à jaula perdem o seu DNA.
Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro.
Beijos matinais e um  'eu te amo' no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia.
Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por semana é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.

Flores
também fazem parte de seu cardápio - mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.

Respeite  a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação... Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.

Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.

Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, agüente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração.
Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não faça sombra sobre ela  
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. 
Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.  
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. 
O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
 
E, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.
Só tem mulher quem pode." 

terça-feira, 29 de junho de 2010

Um xodó pra mim

Primeiro decidir para onde ir. Depois com que roupa ir. Em seguida, já no cenário junino eleito, aguardar ser chamada para dançar, para quem dedicar meu olhar, com quem flertar, e por fim, com que pé de valsa forrozeiro mais me encantar.

Dessas várias decisões, a pior delas é, sempre, ter que esperar o convite pra dançar forró. Eu vou contar o que me ocorreu no último sábado, numa cidadezinha esquecida pelos deuses bonitos. Nunca me deparei com tantos homens feios, mal vestidos, com conversas fiadas pra lá de desencantantes (se esse termo existir), vestindo chinelos, fumantes, bêbados.

Diante do deserto, embora a praça estivesse insuportavelmente cheia de nada, de vento gélido, soltei minha imaginação nas músicas antiguinhas cantadas pelo aniversariante Gilberto Gil, que comandava as homenagens ao Menino Xangô, título dos festejos desse lugar recheado de machos esquisitos.

O cara polemizou, lá de cima do palco. Gritou alto: "bando de ignorantes". A plateia vaiou alto. Eu e mais duas ordinárias rimos muito, mesmo sem entender pra quem ele dirigia sua crítica ácida. Uma senhora, que catava os latões de 473 ml de cerveja, parou em nossa frente e praguejou: "o homem vem pra nossa cidade, e chama nós tudo de ignorante! ". Nós tudo? Como assim? Também sou?

Mesmo discordando do seu português duvidoso, concordei com ela. Ele poderia ter explicado melhor. Mas é que a polêmica era anterior à sua raiva.Briga travada entre evangélicos e os candomblezeiros de plantão. No palco, a decoração era toda com colares gigantes, de pedras brancas e vermelhas, misturadas com as comuns bandeirolas, das mesmas cores.

Diante do cenário, decidi desfocar das paqueras, claro. E quando Gil cantou "ainda me lembro do seu caminhar...", fui convidada para dançar com um senhorio de cabelhos brancos (não grisalhos e charmosos), que aparentava ser dono de umas 73 primaverinhas. Ele, saltitante, arregaçou suas mangas da camisa azul celeste, creio que para parecer mais jovial, e comecou a requebrar, como se tivesse alcançado a glória ao me embalar. Obviamente, sem nenhum molejo no corpo. Eu, incrédula, perplexa, dançei...não me restava mais nada a fazer, ignorante como me tornei nesse momento.

Dançei feio. O sujeito, de nome Arlindo Arnaldo, é administrador da igreja católica. Isso não é de fato extraordinário? Eu achei. E eu? Bem...devo ser de Iansã. E como vermelha que sou, "eu só quero um amor, que alegre o meu viver..."

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sessão deles

Ai, hoje eu só queria voltar no tempo. Já que não posso, um pouco de nostalgia, ao som deles, já me dá um consolo...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sessão deles

"Se tens um coração de ferro, bom proveito.
O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."
 
------------------
Hoje eu estou sugestionável. Adoro essa palavra... "sugere" exatamente que somos influenciáveis pelo contexto em que vivemos. Alguns são mais, outros menos. Hoje estou sugestionável. Morreu um autor que sempre tive muito respeito, pelo escritor que é, mas que de fato nunca investi em ler seus romances. Claro que assisti o ensaio sobre a cegueira...mas sei que tem uma diferença absurda entre cinema e literatura.
Mas há uma luz...ganhei o livro Caim. E lá na minha estante está. Por isso, sei que há um mundo mágico, à minha espera, à espera de um abrir, um folhear de páginas, e passeio dos meus olhos pelas palavras por ele trançadas: com seu estilo, seu jeito de enxergar as coisas.
Com a morte dele, me tornei sugestionável. Me pus a vasculhar, sobre tudo que diz respeito à sua passagem entre nós, pobre de nós...
E nada mais extraordinário, e sugestivo descobrir, que meu coração como o dele, não é de ferro! Sangra todo dia...
Sugestão do momento? Ler José Saramago, antes de me encontrar com ele, num lugar sereno, celeste, num paraíso de tom lilás, a cor da cura.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dia dos Namorados e o Tempo, Tempo, Tempo



** Dia dos namorados – a véspera e os beijos **
Depois de quatro meses sem nem beijar na boca (é verdade e não ria!), beijei, e muito! Foi a melhor véspera de dia dos namorados que me lembro. Patrocínio Cerveja Stella.

** Dia dos namorados – o dia e a realidade virtual que mata a gente de desespero **
Dia 12 conheci, pessoalmente, o cara o qual me correspondi por e-mail nos últimos dois meses. Resumindo: ele corre por 56 minutos todos os dias e desinstalou a versão 2007 do Word e colocou a 2003 por que perdia 2 segundos quando mudava para um programa específico de pesquisa. Expectativas, sempre acabando com a gente...

** Dia dos namorados – dia seguinte e sem pílulas **
Ah, após o intervalo choque térmico, reencontro um dos beijados da véspera e esse sim me surpreende positivamente. Serviu suco de maracujá e fez meu mapa astral depois de um dia correndo MotoCross, com uma bolhinha fofa na mão e os olhos brilhantes só para mim. Acho que esse pode gerar bons textos. Obrigada Santo Antônio!


domingo, 13 de junho de 2010

Hoje é dia de Santo Antonio

Ela também é extraordinária, e não perde a fé nele.
Santo Antonio, não desampare suas devotas!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Junho, o mês

Mês 06. Metade do ano. Estação de inverno, aqui pelas bandas de baixo do planeta. O5 de junho foi o dia do meio ambiente. Os jogos da copa do mundo sempre começam nesse período. Haja fogueiras, forrós com camarotes caríssimos, nas festas juninas.Tem também aniversariantes geminianos ou cancerianos bem famosos, como: Santo Antônio (13), São João (24). É tão poderoso que carrega a marca do mês dos enamorados brasileiros.
Queria mesmo entender porque essa passagem de (apenas) 30 dias no calendário, mexe tanto com a mulherada, extraordinárias ou não. Geral a comoção. Tortura para as solteiras. Grandes expectativas para o grande dia entre as comprometidas.
Desde o início deste grandioso e festivo mês, num canal fechado de filmes na tv, há uma programação de segunda a domingo com comédias românticas, água com açúcar, cuja temática central gira em torno do "Valentine's day', comemorado em outros países em 14 de fevereiro.
Eu, romântica e boba que me tornei com o passar dos anos, me deixo levar pela onda do movimento dessa época, pelas propagandas e corações ultra vermelhos espalhados pelos quatro cantos, e também pela esperança, ainda que mínima, de suspirar, beijar muito, abraçar muito, amar muito, tudo no dia 12. E restam apenas 04 dias. Ir parar numa festa de solteiros? Humilhante demais. Passar a data com um EX? Nem pensar, é azar puro. Curtir a tarde ou manhã com um ficante comprometido? Aff, nem pensar num agouro desses. Já recebi convite de Carlinhos para sair comigo, no dia 11. E a ligação de Arnaldo no dia 13. Ordinários infelizes. Pior mesmo foi Zé, que me ligou à meia-noite, para dizer que estava pensando em mim. Outro ordinário, sem coração.
É, talvez assistir uma dose dupla de filmes da programação, com uma caneca de chocolate quente, e muitos lenços de papel sejam a pedida ideal. O dia 13 chegará mais cedo e Santo Antônio cumprirá a sua parte. Assim seja.