terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Quando o desespero toma lugar da razão


Desculpe, o título é falso: não estou desesperada, só quero manter a esperança acesa. A pressão é porque me inscrevi num site de relacionamentos e agora entrei no correio eletrônico e tenho 49 mensagens para dar conta. Simples assim. Cada mensagem possui no mínimo 3 perfis para eu analisar do homem que pode ser minha alma gêmea. Isso corresponde a cerca de 147 caras que gostam de ouvir música popular brasileira e estão disponíveis. Será?
Bem, não me lembro quantas outras características eu coloquei nos enormes questionários que preenchi no site. Abria uma folha com 30 perguntas e depois de responder todas o gráfico de avanço pulava de 10% para 11,5%. Sério, acho que levei uma tarde de domingo preenchendo essa salada e não acho que estou desesperada.
Fiquei um pouquinho surtada com tantos e-mails; claro que minha lixeira vai encher sem que olhe um só perfil. Você deve estar se perguntando: por que gastou uma deliciosa tarde ensolarada preenchendo essa porcaria se não quer jogar até o fim? Responderei: não sei. A solidão faz com que a gente se pegue fazendo coisas que não acredita, nos relacionando com quem a gente também não acredita, mas é fato: ela pesa demais, tecnicamente falando.
Ficar sozinha não é opção, mas pode ser também. Vi num filme esses dias um diálogo superbacana, no qual duas moças falavam sobre amores. Uma descreveu a outra como individualista, egocêntrica e indisponível, razão pela qual sempre procurava histórias onde os homens também não queriam nada com a hora do Brasil. Identificação instantânea. Sou isso desde minha primeira relação com meu namoradinho de 12 anos de idade, meio Romeu e Julieta, famílias inimigas coisa e tal. Depois só piorei: noivos, casados, morando longe, em relacionamento sério, até artistas, todos declaradamente indisponíveis. Segundo a teoria do filme, a personagem e eu sofremos com nosso jeito de ser determinante de um destino solitário.
E eu confesso logo: adoro dormir sozinha em minha cama. Quer mais indisponibilidade que isso? Pobre libriana extraordinariamente contraditória; sempre pesando prós e contras, acaba indisponível, mesmo para os perfis cruzados do site de relacionamentos. A pergunta deve ser: porque me inscrevi nesse site de relacionamentos se viver só me agrada? Também não entendo. Talvez o eterno olhar de estranhamento das pessoas "normais" para mim, por eu suportar a solidão sem reclamar (muito). No fundo sei a resposta do porquê esse tal site foi a opção da vez: a culpa é da Globo, a solidão pesa quando Faustão entra na telinha.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Status: viúva

"..amor e ódio, moram juntos, dividindo esse coração?"

Quis me inspirar nos "Dois lados" de Frejat pra conseguir escrever algo palpável. Logo me irritei com a música e a interrompi, imediatamente. Não preciso de músicas, mais. Não preciso de poesias, mais. Não preciso nem de coração, mais.

De hoje em diante, preciso é desacreditar em todos os sonhos românticos que nutri por anos e anos. Me desapegar de todos os castelos de areia. Ora, mas eram apenas castelos de areia! Qualquer onda tola, poderia destruí-los. Por que será que me enganei, achando que eram uma fortaleza? De onde eu imaginei estar cercada de força, de sentimento perene, que sobrepõe tempo, distância, qualquer limitação? De onde entendi que era pra valer, pra sempre, igual do lado de lá?

Não faço ideia de nada. Tudo está destroçado em mim. Não creio mais em nenhuma história de amor. Filmes, novelas, contos, romances... tudo isso vai servir apenas como meras fantasias, imaginadas por seres tolos, que ainda não foram traídos.

A realidade é muito menos cor de rosa. Muito mais tons pastéis. Bege. Mundo bege de homens levianos, sentimentos levianos, traições, mentiras, falsidades. Mundo de oportunidades. Dos casos líquidos. Tempo de 'fast food'. Do toma lá dá cá. Hoje eu tomei um banho extraordinariamente quente. Ou banho de água extraordinariamente fria? Ai, estou extraordinariamente escaldada e fria. Seguirei incrédula, sem a [ilusória] alma gêmea.

fim do lirismo

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Sessão deles

Sexo é a coisa mais divertida que já fiz sem rir.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Já começou bem...


Promessa é dívida! Prometi em 2012 escrever mais no extra, mesmo q não sejam minhas as palavras. Aí está uma extra descrita - para quem a conhece vai associar logo a pessoa a situação. E quem sabe se todas não somos assim? Ela teria coragem de falar mas eu penso isso o tempo todo também... As unhas douradas são da inspirada amiga e o clique é meu, direto do Rio, charge pescada na primeira Revista O Globo do ano que enfim chegou: 2012 com muito amor e esperança de grandes posts!