segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Status: viúva

"..amor e ódio, moram juntos, dividindo esse coração?"

Quis me inspirar nos "Dois lados" de Frejat pra conseguir escrever algo palpável. Logo me irritei com a música e a interrompi, imediatamente. Não preciso de músicas, mais. Não preciso de poesias, mais. Não preciso nem de coração, mais.

De hoje em diante, preciso é desacreditar em todos os sonhos românticos que nutri por anos e anos. Me desapegar de todos os castelos de areia. Ora, mas eram apenas castelos de areia! Qualquer onda tola, poderia destruí-los. Por que será que me enganei, achando que eram uma fortaleza? De onde eu imaginei estar cercada de força, de sentimento perene, que sobrepõe tempo, distância, qualquer limitação? De onde entendi que era pra valer, pra sempre, igual do lado de lá?

Não faço ideia de nada. Tudo está destroçado em mim. Não creio mais em nenhuma história de amor. Filmes, novelas, contos, romances... tudo isso vai servir apenas como meras fantasias, imaginadas por seres tolos, que ainda não foram traídos.

A realidade é muito menos cor de rosa. Muito mais tons pastéis. Bege. Mundo bege de homens levianos, sentimentos levianos, traições, mentiras, falsidades. Mundo de oportunidades. Dos casos líquidos. Tempo de 'fast food'. Do toma lá dá cá. Hoje eu tomei um banho extraordinariamente quente. Ou banho de água extraordinariamente fria? Ai, estou extraordinariamente escaldada e fria. Seguirei incrédula, sem a [ilusória] alma gêmea.

fim do lirismo

3 comentários:

  1. Só digo uma coisa: "Não vale a pena".

    Fica na paz e pense apenas em VOCÊ.

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  2. Manda luz para o ordinário e esquece!
    força!

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  3. Luz? É ruim, hein... quero que ele viva nas trevas e bem longe de mim!

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