domingo, 21 de novembro de 2010

"...desses de cinema"

Hoje conversando com uma das ordinárias, mais uma vez o tema amor-casamento veio à tona. Ela me lembrou dos filmes americanos, de como o romance beira a surrealidade, e, pior, que não teremos isso em nossas vidas.
Parece que falar sobre o assunto é como se fosse pauta obrigatória, entre nós duas. E, de novo e sempre, tentei justificar que não sou aversa à uma união estável, mas que também não ando por aí com bandeiras imensas, tentando convencer amigos ou inimigos que casar vale a pena. Nunca me casei, por isso, não sou contra nem a favor.
Claro que (ainda) quero experimentar essa sensação de vida de casadinhos, aprender a conviver e dividir pia + banheiro + afazeres domésticos. E o melhor, gostaria de sempre ter, na minha cama, o lado direito (ou esquerdo?) ocupado, com aquele cheiro bom de macho alfa, bem alfa, pertinho de mim. Isso até me arrepia, juro! Daí a dizer que vivo por isso, que tenho isso como meta é, no mínimo, mentira, pra não dizer, uma bobagem mais que extraordinária.
Vou narrar minha trajetória amorosa, até aqui. Uma sucessão de fins inacabados e tortuosos.
Fiquei noiva do meu primeiro amor. A aliança me incomodava tanto, que a escondia, cobrindo a mão, nos bolsos de casacos ou calças. Não podia ser diferente. Não me casei. Quando desisti, liguei pra Arnaldo e perguntei: "você está ouvindo?É isso mesmo, acabei de retirar a aliança do dedo e agora ela está rodando em cima da mesa". Ele ficou mudo, do outro lado, sem acreditar no tilintar do anel, solto, sem dona. Paciência. Superou a perda, já se casou, teve uma filha, já se separou, já me procurou de novo, não deu certo de novo, e agora está com uma namorada fixa e tranquila, bem diferente do meu perfil. Pra ele, canto Vanessa da Matta: "Acabou, boa sorte".
Depois disso, me apaixonei de novo, quis me casar com o Zé, de véu e grinalda, como manda o figurino. Não deu certo. Ele preferiu curtir sua recém- solteirice, após um primeiro casamento fracassado. Pra ele, canto Vanessa da Matta: "Acabou, boa sorte."
Me apaixonei, novamente. Desta vez por um man, muito especial. Ele queria se casar. Mas eu achava que ainda era cedo. Não deu certo. Ele está casadíssimo e parece que feliz. Ainda me procura, como se dono meu ele fosse. Pobre man. Pobre de mim. Pra ele, canto Vanessa da Matta: "vermelhos são (eram) seus beijos...".
E amei outra vez. Desejei muito ser a mulher da vida de Carlinhos. Mas até hoje, ele não sabe se vai ou se fica. Nunca me disse adeus. Nunca me pediu pra ficar. Vez ou outra surge do nada e se declara, com versos dela, de Vanessa da Matta: "se você quiser, eu vou te dar um amor..".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Bem Vindos!



Aderindo à brincadeirinha do blog do Edu (onde começou mesmo essa... corrente? rsrsrs)

Partidas e Chegadas. O que te faz feliz?

- A chegada de alguém especial,
- do salário no fim do mês,
- da primavera,
- do Natal,
- do verão,
- das férias,
- do Carnaval,
- do São João
- do fim de semana
- dos e-mails dele
- dos comentários pra moderar no blog
- de novas postagens nos blogs dos amigos.

Em off:
- O retorno de um amor que se foi (se valer a pena, se a alma não for pequena...)

As partidas não me fazem bem, detesto despedidas e a sensação de que não verei novamente aqueles olhos... (a não ser que algum ordinário vá para o raio que o parta!)

Os cinco blogs indicados:

- Impressões, Memórias e Desventuras, da comentarista Paty Michele
- Meu nome é, da sumidinha Ariana Magalhães (sei que seu blog é só de nomes, mas dê um jeitinho, garota!)
- Caralhaquatro, do caralha Marcelo e sua trupe
- Pensar, Fazer e Acontecer, do Bob, ops! Luiz.
- Muito de mim, Muito de nós, de Kátia Tourinho.

Mãos à obra, com criatividade!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sabor de desejo

Nego bom é nome de um doce de banana queimada, muito delicioso. Creio que só exista à venda aqui na Bahia. Não investiguei. Negritude Júnior, uma banda de pagode que definitivamente eu não curto. Um negão de tirar o chapéu. Isso me lembra uma música de Alcione. Marrom bom bom, não é dela também? Deve ser. Da cor do pecado. Uma das muitas novelas globais, bastante preconceituosa. A protagonista era negra. Quer dizer que todos os brancos são anjos? Que sexo tem a ver com pecado? Quanta asneira.
Não imagino de onde vem o meu fascínio, muito menos porque me sinto atraída por negros. Nem creio que isso seja relevante. Gostei, provei, aprovei, e geralmente faço repetidamente coisas que aprovo. Talvez a mídia, as músicas, as novelas, a história afrobrasileira, a Mama África de Chico César, as lindas canções de autênticos negros como Gilberto Gil, Djavan e Jauperi. Ou tudo isso junto. Mas de fato, só provei nego bom, de tirar o chapéu, bem marrom bom bom. Mas juro que não pequei com nenhum deles. Um, em especial, me lembra o sorriso com os olhos. Um outro, a risada solta, gostosa. Um terceiro, as mãos grandes, dominadoras. Me lembrei de um certo rapaz, que me fazia implorar por mais beijos, e mais atenção. E ele dava, sem medo. Com ele, fui jogada contra a parede e de fato não nos machucamos. O último, o mais especial, o jeito que me cheirava, com aquele ar de intelectual, com seus óculos usados somente para assistir filmes. Encostava em mim, e concentrava sua inspiração no meu pescoço como se quisesse sugar minha energia, minha libido, meus sentidos. Desse sinto mais falta. E esse foi o jeito mais simples, mais resumido, pra dizer que amor não tem cor, alma não tem cor, e que preto não é ausência de cor. Pra mim, simboliza vitalidade, sensualidade, uma realidade mais que extraordinária.