tag:blogger.com,1999:blog-26194916625924390762024-03-13T17:31:38.116-03:00 Somos extraORDINÁRIASViva a emoção de amar. Desapegue-se das mágoas. Descarregue tudo na escrita. Goze a vida!As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.comBlogger156125tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-22231745623418487012013-05-23T00:28:00.001-03:002013-05-23T09:35:21.916-03:00Do que mais sinto falta?<span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.4;">Dos nossos diálogos. Mesmo sendo tão óbvio, esse seu silêncio recheado de significados, eu preciso perguntar e quero mesmo saber: não há como sermos mais que amigos coloridos, não é? Ok. Mas tenha certeza, seu tolo, que odeio essas cores todas. </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px;">Preferiria o preto no branco. O feijão com arroz. Você em minha vida real. Eu na sua. Sem distâncias.</span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 22px;"> </span><span style="background-color: white; color: #333333; font-family: 'Trebuchet MS', Trebuchet, Verdana, sans-serif; font-size: 13px; line-height: 1.4;">Vou confessar: eu sempre odiei os nossos encontros casuais, mesmo fingindo adorá-los e ainda que me considere uma moderninha e independente mulher. Eu sou uma mulherzinha, como outra qualquer. Ai, como é bom desabafar, mesmo que nunca me leia. Sempre quis te manter bem perto. A ponto de saber quando estou com cólica ou em paz. Te considero um amor de pessoa. Te acho inteligente, espirituoso. Te admiro no que faz; gosto de saber das suas histórias, que me leia as suas poesias. Sei que tem zilhões de defeitos, como todo mundo, mas te acho fascinante. Seus olhos brilham ao falar do seu trabalho. Os meus brilham ao te ver sorrir. Ao menos na astrologia somos opostos e complementares. E por isso tudo, eu não duvido que faça outra mulher feliz. Ou que já esteja fazendo. Mas há outra bem triste. Não pelo sumiço costumeiro. Pela impossibilidade de sermos mais do que já fomos. Pelo meu desespero alimentado pela minha desesperança, por não termos uma projeção de futuro juntos. Ai, pelas coisas lindas vividas e [agora] esquecidas no passado.</span>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-26721337873955076522013-03-11T10:48:00.000-03:002013-03-11T10:49:54.007-03:00Sessão deles<br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
O cara parece conhecer como a mulher sente. Parece entender as nossas atitudes. Essa é a razão para eu gostar tanto das crônicas de Carpinejar, mesmo quando ele exagera nas doses de ironia ou quando é prepotente. Gosto mais dele escrevendo que falando. Deve ser o típico homem que sabe escrever, mas não sabe conviver.... enfim, não o desejo pelo homem que é. Desejo ler e compartilhar boas crônicas dele, como essa.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="color: red;"><b>SUPER PODER FEMININO</b></span></div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 20px; text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-small;"><b><a href="http://carpinejar.blogspot.com.br/2013/03/quase-perfeito-agora-e-cronica.html" target="_blank">publicada no Jornal Zero Hora, em 10 de março de 2013.</a></b></span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
"Só a mulher tem a liberdade de se sentir ofendida e se retirar a qualquer momento de qualquer local.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
Ela tem um passe-livre da mágoa. Uma pulseira vip do camarote da tristeza. O homem não. O homem nem pensar.</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; line-height: 20px; text-align: justify;">
<div style="color: #333333; font-size: 15px;">
Eu invejo esse superpoder. É uma habilidade sobrenatural, muito melhor do que os dois braceletes indestrutíveis da Mulher-Maravilha, que repele balas e raios, ou de sua tiara que funciona como bumerangue. Sua namorada pode estar conversando com você num bar, de uma hora para outra fechar a cara e deixá-lo plantado na cadeira."</div>
<div style="color: #333333; font-size: 15px;">
<br /></div>
<div style="color: #333333; font-size: 15px;">
(...)</div>
<b><span style="font-size: x-small;">Leia na íntegra! Clica aí: <a href="http://carpinejar.blogspot.com.br/2013/03/quase-perfeito-agora-e-cronica.html" target="_blank">SUPER PODER FEMININO</a></span></b></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial, Tahoma, Helvetica, FreeSans, sans-serif; font-size: 15px; line-height: 20px; text-align: justify;">
</div>
As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-3803659764486471922013-01-25T10:10:00.002-03:002013-01-25T10:19:38.138-03:003 anos depois...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-LJt2cB-6Wfk/UQKEAXRF82I/AAAAAAAAATo/jdPOXCqm-FQ/s1600/tres+anos+depois.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-LJt2cB-6Wfk/UQKEAXRF82I/AAAAAAAAATo/jdPOXCqm-FQ/s1600/tres+anos+depois.jpeg" /></a></div>
<br />
Cada uma seguiu um rumo. Cada uma investiu em seus escritos, em outros espaços.<br />
Cada uma viveu amores e paixonites.<br />
Uma casou de novo.<br />
As outras duas continuam tentando.<br />
Uma teima em pensar em príncipes.<br />
Outra fala sobre sapos.<br />
A terceira sobre um novo filho, um novo lar.<br />
Não sei se haverá mais tempo para trilogias, tripés, tribo de três.<br />
Mas hoje é dia de comemorar que o blog ainda está no ar!!<br />
Em <a href="http://somosextraordinarias.blogspot.com.br/2010/01/arnaldo-carlinhos-e-ze.html" target="_blank">25 de janeiro de 2010</a> nosso canto nasceu no anonimato, querendo mudar o rumo das coisas, no campo dos três corações, na ocasião, desesperadamente amargurados. Isso passou. Não somamos mais amarguras. Talvez decepções e algumas frustrações.<br />
Vivemos coisas lindas a dois, ops, a seis, sem nenhuma possibilidade de orgias entre casais e <i>menage a trois</i>!!<br />
Nos reencontramos, as três, num carnaval, que resultou em nossa marca: a imagem de três pares de olhares furiosos.<br />
Por tudo o que passou, eu creio sim, que há o que comemorar. Pelas postagens, pelas visitas, pelo apoio mútuo em tempos difíceis.<br />
A amizade permanece.<br />
Que o blog também permaneça.<br />
É o meu desejo, hoje, ao soprar mais uma velinha.<br />
Adoro os desabafos daqui.Adoro as escritas-segredo compartilhadas aqui. Viva o amor! Viva o sexo com [camisinha]! Viva toda forma de amar, porque ainda vale a pena.<br />
<br />As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-52275082354441304502012-12-06T09:37:00.000-03:002012-12-06T11:38:31.404-03:00[Será que] ele é "o" cara?Roberto, o Carlos, cantarola pela milésima vez: "esse cara sou eu". Todos bem que concordam: essa é a música atual mais chatinha, a mais tocada na novela das nove e, também, a mais comentada nas redes sociais. E agora ela veio parar aqui. Claro que não é da música que quero falar. Muito menos detoná-la. Já basta disso! Quero falar sobre o seu significado bonito. Não dos seus versos piegas. Da boniteza de se pensar num homem apaixonado, que não mede esforços para conquistar e reconquistar sua amada amante.<br />
<br />
Daí me recordo dessa canção enquanto penso em dois homens bem diferentes. O primeiro deles, um cara aí, que dorme e ronca noite a dentro, e não dá nenhum sinal que é ou será "o" cara. O outro, um cara aí, um cheio de bons sinais.<br />
Para efeitos da descrição a seguir, didaticamente eu os dividi em duas categorias, a partir de outra canção, aquela da Rita, a Lee, que é tema-mor do bloguito, desde sempre. Um me lembra sexo. E "sexo é esporte". O outro me lembra amor. E "amor é sorte."<br />
<a name='more'></a><b><span style="color: #cc0000;"><br /></span></b>
<b><span style="color: #cc0000;">Sexo é esporte</span></b><br />
<br />
Ele é que ronca alto e forte. Tem um corpo atlético. Cheiroso, limpinho, inteligente. Tem uma triste mania de chamar a mulher de "princesa". Particularmente eu não curto o apelido. Não me sinto nem preciso me sentir uma princesa. Então, somente pelo apelido sem emoção, e ronco ensurdecedor, já sei que ele não pode ser "o" cara.<br />
<br />
E tem mais histórias. Ao telefone ordenou "compre um vinho". Entendi "comprei um vinho". E fiz todo um cenário na minha cabeça. Aqui chegando, eu perguntei pelo vinho. Ele me disse: você não comprou? Eu disse o que tinha entendido e ali percebi mais uns trocentos pontos a menos para ele. O interfone tocou e a pizza chegou. Sem diálogos, degustamos e nos fartamos com fatias de queijo, tomate e manjericão. Uma <i>marguerita </i>de 8 pedaços, com a televisão ligada. Comemos, escovamos os dentes, e partimos para os trabalhos do segundo tempo. Só isso. Uma noite vazia, sem encantamentos. Pela manhã, um sexo "tipo estupro", sem um "bom dia", conversas sem sentido, e nenhuma sedução embaixo do <i>edredon</i>. Não, ele não pode ser "o" cara, que me faria admirá-lo, venerá-lo, amá-lo.<br />
<span style="color: #cc0000;"><br /></span><b><span style="color: #cc0000;">Amor é sorte</span></b><br />
<b><br /></b>
O segundo homem que veio à minha mente é espirituoso. Gosta de brincar com as palavras. Parece comigo em muitas coisas. Rimos ao mesmo tempo. Nos olhamos ao mesmo tempo. Prestamos atenção um no outro. Trocamos torpedos. Já dissemos "te amo", "te adoro", muitas, muitas vezes. Pode ser mentira. Pode ser um carinho imenso apenas. Mas acontece sempre. E gosto das repetições que fazem bem a alma e ao coração. O sexo nasce da saudade, do pé que toca no outro pé. Da mão que segura a outra, com pressa, com firmeza, com carinho.<br />
<br />
Ele me chama de anjo, em qualquer momento. Na escrita, verdade, é mais que ao vivo. Ao vivo me chama de "mô", de "amor", e de "anjo", numa clara e nítida atitude de sensibilidade e de respeito por quem sou e me mostro para ele.<br />
Ai, ele nem quer saber de televisão. Gosta de me ler poesias. Gosta de ler o que escrevo. Dorme ao meu lado e de fato "apaga", quase que instantaneamente. Mas me toca e me abraça toda vez que me mexo ou quando retorno para a cama. Ou seja, dorme e acorda e faz isso a madrugada inteira, sem reclamar.<br />
Ai, ele me acorda com cantadas baratas logo pela manhã e o sexo nasce dessa cumplicidade prazerosa que temos e exploramos a cada novo reencontro. Posso [até] ser chamada de "princesa", e já penso que vou adorar ouvir o que quer que me diga. Ele pode até ser "o" cara, que me faria admirá-lo, venerá-lo, amá-lo.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-U1776Hxb6CM/UMCTZNPCDBI/AAAAAAAAATU/vPGwRo2pKRo/s1600/Sorte-no-amor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="http://2.bp.blogspot.com/-U1776Hxb6CM/UMCTZNPCDBI/AAAAAAAAATU/vPGwRo2pKRo/s320/Sorte-no-amor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-34991993054802036602012-11-16T14:57:00.000-03:002012-11-16T14:57:14.533-03:00É isso<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-YedPDfRSwV0/UKZ-apW7Y1I/AAAAAAAAATE/48uzz4CX4sI/s1600/martha+medeiros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-YedPDfRSwV0/UKZ-apW7Y1I/AAAAAAAAATE/48uzz4CX4sI/s1600/martha+medeiros.jpg" /></a></div>
<br />As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-57643553707035995262012-10-22T11:27:00.000-03:002012-10-22T15:04:14.872-03:00mentes tão bem...<div style="text-align: center;">
<object height="315" width="420"><param name="movie" value="http://www.youtube-nocookie.com/v/hTmi_HV5liU?version=3&hl=pt_BR&rel=0"></param>
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<br />
Se tem uma coisa que os "poetas" sertanejos e arrocheiros sabem fazer bem é declarar com exaustão suas paixonites agudas, suas dores pelos amores não correspondidos, pelas traições e decepções que vão se multiplicando, que [penso] podem ser frutos das relações líquidas vividas, nos tempos atuais. Essa reflexão a seguir pode valer para todos nós, mulheres, homens e todos os pagodeiros de plantão, sobretudo os que sabem mentir, enganar, fingir e seduzir- pelo simples prazer [leviano e nocivo] de seduzir.<br />
<a name='more'></a><br />
Não somos objetos. Mas agimos como. Não somos coisas. Mas nos comportamos como.<br />
Coloco até você, leitor(a), no balaio, não porque quero que assuma o que não é, mas porque sei que, em algum momento, foi ou ainda será.<br />
Fato é que me cansei de promessas, de torpedos, de ligações insensatas. Hoje decreto o dia do BASTA. Basta de ser ludibriada. Basta de ser idiota. Basta de ser canastrona. Basta de ser usada. Basta de querer usar. Basta de sexo frágil. Basta de sexo banal. Basta de ser/estar sempre em segundo plano. Basta de migalhas. Basta de enrolações.<br />
Chega um momento que você precisa tomar [coragem e] as rédeas da sua vida. Que precisa assumir suas falhas, suas culpas, suas escolhas. Não dá para vitimar-se sendo autor(a) dos próprios enredos mal escritos e muito menos dos mal vividos.<br />
Não dá para perdoar-se sempre por preferir atalhos, ao invés de continuar no sufoco das estradas longas. A vida real não aceita brincadeiras e levezas. É um jogo pesado demais o de ficar à espera da sua vez. E é um jogo muito ruim ficar esperando, esperando, esperando e, de repente, receber uma mensagem com desculpas esfarrapadas. Desculpas de quem não tem a coragem de admitir que é e está se comportando como um cafajeste. Um cara que marca e depois some, melhor não confiar jamais.<br />
Ah, ele ficou dodói e teve uma virose? Ah, o celular descarregou? Ah, ele dormiu e "apagou"? Ah... fala sério. Sugiro que apague ele da sua lista de prediletos. Suma com esse marmanjo dos seus dias, antes que ele te faça desacreditar que ainda existe espaço para amor, razão E sensibilidade, nesse mundo de grandes canalhas.<br />
Na sessão desabafo de hoje, confesso: não quero mais saber de brincar. Fiquei enjoada. O balanço me enjoou e a roda gigante parou no alto. Ah, chega de insistir em viver história de amor com um vampiro-mor, que só faz sugar nossa energia e revelar o óbvio: provavelmente ele engana muitas outras, porque não consegue dedicar-se a uma mulher só.<br />
No final das contas, homens e mulheres não merecem relações de coisas ou de objetos. Merecemos sujeitos, cheio de "coisas" legais para descobrir. É aí que entra a história do jardim, que apesar de ressecado e sem vida, pode sim, ser cultivado. Plante sementes lindas e pode demorar, mas em algum momento vai aparecer um homem tranquilo, maduro, que vai comparecer e te fazer voltar a acreditar que existe romance ao invés de ficção. Ouviram o vídeo? É no mínimo hilário. Arrocha.As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-86241661827006017852012-10-13T18:56:00.000-03:002012-10-13T19:57:05.702-03:00das vacas magras<a href="http://1.bp.blogspot.com/-EUDzmFts27A/UHni0ZTmSOI/AAAAAAAAASk/69jXJ0VjTxY/s1600/vaca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-EUDzmFts27A/UHni0ZTmSOI/AAAAAAAAASk/69jXJ0VjTxY/s200/vaca.jpg" width="182" /></a>Quem dera se magra eu estivesse, exatamente como elas, as vacas, na falta de gado [ops], na falta de pasto verde e alto. O cenário é muito comum, nesse mundão de nordeste sem água: na ausência da grama comestível, as vaquinhas costumam ficar definhadas e tristinhas, pelos cantos, sem muita alegria para correr, amamentar suas crias, exibir suas curvas que se destacam aqui e ali, com as pintas pretas, no meio da pelugem branquinha como uma nuvem...<br />
<a name='more'></a><br />
Por falar nelas, não ando pelas nuvens. Flutuar, em tempos de secura, nem pensar. Nem os sonhos me deixam leve, ultimamente. Relembrando o último, lá estava eu, encantada e sendo cortejada por um ator global, que pelas contas das novelas e seriados que já participou, deve estar com mais de 60 anos. Isso mesmo, sonhei enveredada por um sexagenário!<br />
<br />
Uma ressalva. Nada contra homens mais velhos, sobretudo se são bem sucedidos, inteligentes, admiráveis e menos ainda se são charmosos. Mas é que na vida real o tempo é de uma magreza sem fim, sem momentos gordurosos com direito à paixão, volúpia, beijos ardentes, abraços apertados, corpos suados. O tempo é penoso, gente. Dá pena. Oxe, agora é de galinha que vou falar? Santo das causas impossíveis, ajuda aí de cima!<br />
<br />
A realidade chega a ser constrangedora. Outro dia um EX, desses bem ordinários, me ligou. Assim, do nada. O cara já está casado e, pelas fotos no mundo virtual, parece estar feliz no casamento. E me ligou. Assim, do nada. Sabe-se lá porque, me ligou. Fiquei tentada a perguntar. Mas me contive. Do jeito que o pasto está seco seria capaz de eu encontrar um raminho de vida verde, enraizado e querendo ser devorado. Eu sou ordinária, mas não sou uma vaca. E se ele se acha o boi, problema dele e dos seus chifres.<br />
<br />
Quero mais é entender porque chove tanto e a grama não aparece. Queria mesmo é fazer da minha vida uma cena de cinema: o tempo passou e um novo encontro está por vir. Se possível hoje. Sem essa TPM extraordinariamente infernal que me assola todo mês. Hoje eu queria encontrar um homem de atitude, com H maiúsculo, com instintos animais. Talvez, um touro tipo alfa, se é que me entende...<br />
<br />
Ai, pensando melhor, acho que eu vou esperar mais um pouco e continuar a torcer para o tempo da fartura chegar logo. Fico eu aqui, esperançosa e silenciosa, com esses pensamentos nada humanos e tão ruminantes. MuuuuuuuuuuuuuAs extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-13945816275225871182012-09-17T19:37:00.000-03:002012-09-17T20:18:45.051-03:00Aos Cadinhos da vidaEsse blog contém cenas reais, fictícias, fragmentos, histórias, tragédias e romances com os Arnaldos, Carlinhos e Zés. Quando foi lançado, <a href="http://somosextraordinarias.blogspot.com.br/2010/01/arnaldo-carlinhos-e-ze.html" target="_blank">nos idos 2010</a>, só pensávamos em pisotear [via escritos] nos cafajestes e malfeitores. Nos homens que nos subestimavam, minavam com nossa estima e com nossa esperança de sermos felizes no sexo e no amor, ao mesmo tempo e se possível, com a garantia da exclusividade no suposto "contrato" da relação.<br />
Claro que de lá pra cá, nos assustamos, nos assombramos, nos indignamos, nos defendemos, aprendemos a dizer NÃO, com a boca cheia, nos recusamos a manter vínculos fakes, com ordinários sem noção.<br />
Mas aí a Globo, com todo o seu poder de sedução no horário nobre, lança uma novela com uma proposta ousada: a de cultuar e validar que homens e mulheres podem [e devem] ter relações paralelas em segundo e até mesmo em terceiro plano.<br />
<a name='more'></a>Nos supreendemos com a validação de que uma piriguete pode ser amada e bem amada, mesmo não valendo nada, como o caso da Suelen. Ela é linda, e deve ser por isso. Que nada! Na vida real elas imperam, aos montes. Elas, as piriguetes que usam saltos de 15cm [como se estivessem de saltos de 15cm], se dão muito bem, no mundo das mulheres simples, sem maquiagem, que usam e abusam de sapatilhas e rasteirinhas.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-J3LMULqiRAQ/UFekTaAnfYI/AAAAAAAAASM/vE8l0N98XGY/s1600/anel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="249" src="http://1.bp.blogspot.com/-J3LMULqiRAQ/UFekTaAnfYI/AAAAAAAAASM/vE8l0N98XGY/s400/anel.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"<a href="http://www.youtube.com/watch?v=6Wttyy-JQZ8" target="_blank">cahorro, safado, perigoso, sem vergonha e pronto pra te dar amor...</a>*"</td></tr>
</tbody></table>
Temos certeza ainda que ordinários como o Cadinho, vivido muito lindamente pelo Alexandre Borges, que na trama na verdade se chama Carlos Eduardo, pode sim, ter três mulheres, três famílias, quiçá três amores. Tem que ser rico, pra isso? Nada. Não precisa.<br />
Fato é que, sendo ele, mais um Carlinhos, nada mais natural do que trazê-lo para cá, no momento em que a realidade é a propulsora da ficção.<br />
Não estou zangada com o culto aos triângulos e às traições permitidas. Escrevo hoje com bastante tranquilidade. Já entendi essa lógica há bastante tempo. Mas no nosso país, até onde conheço, a poligamia ainda é crime.<br />
Outro dia, infeliz, numa mesa de bar com um Carlinhos [bem Cadinho], ele me olhou no fundo dos olhos, bem sério, e assumiu:<br />
- Ok, estou enrolado.<br />
[sim, típica frase de quem não tem coragem de confessar aos gritos: EU SOU CASADO! Fico pensando se se revelar isso [ser casado], é parecido com admitir um erro no trabalho, ou que se esqueceu de dar parabéns a alguém muito próximo, ou dizer na hora H, que não sentiu nada. Enfim, como nunca fui casada, não sei porque um homem tem tanta dificuldade de aceitar o seu real estado civil. Será que não se sente aliançado? Nunca se sentiu? Como é isso, God?]<br />
Enquanto eu pensava nessas questões bobas, ele continuou... e pela testa franzida, parecia estar fazendo um sacrifício. Parecia estar num confessionário, com um padre bem severo diante dele.<br />
- Você é especial e vou te falar toda a verdade. Mas com uma condição, que nada do que eu disser, seja impeditivo para investirmos em nossa relação.<br />
[isso mesmo, fui obrigada a ouvir isso. Enquanto ele falava, e gesticulava com as mãos, eu fixei o meu olhar na mão esquerda e vi a marca da sua aliança ali, estampada para qualquer idiota perceber que tinha marca de sol e de saliência. Em imagem 3D, entendi que ali morava uma aliança recém-separada do seu dedo predileto].<br />
- Ok. Conta.<br />
Não adiantava dizer o óbvio. Queria ouvir como ele iria narrar. Queria saber quantos litros de óleo de peroba eu teria que usar, para passar em sua cara de madeira.<br />
- Nós não estamos bem. Moramos em cidades diferentes e me sinto muito só. Não tenho com quem conversar coisas do dia a dia. Tenho vontade de contar como foi no trabalho, e ela não está lá em casa quando eu chego.<br />
[eu preciso dar pausas, para você, leitor(a), me ajudar a interpretar essa "leva" de pensamentos levianos e tortos e machistas].<br />
- Sim, entendo...<br />
[Enquanto ele tentava construir uma raciocínio lógico para justificar a importância de mim na vida dele, nesse momento difícil de solidão forçada, meu olhar ia longe em sua mão esquerda. O anel imaginário não saía da minha imaginação. Fiquei pensando se tinha o nome da coitada que mora em outra cidade, ou uma frase de efeito "te amo, para sempre"].<br />
- ... eu quero muito que você me entenda, e perceba que estou sendo sincero. Adorei te conhecer, adorei seu cheiro e sei que a nossa história não pode acabar assim, se nem começou...<br />
[...]<br />
Nos despedimos e não consegui encontrar uma loja que vendesse a quantidade de óleo de peroba suficiente. Ele não é só um Cadinho encarnado para vida real. É um Carlinhos ordinário, que merece perder a esposa, e conquistar uma piriguete que ama salto 15. Eu amo as minhas rasteiras.<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-24108767780883408922012-08-27T11:02:00.000-03:002012-10-13T19:39:30.455-03:00A morte amorosa<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-CrygkbjgyUM/UDt-J80ICHI/AAAAAAAAAR4/5wVO3mh52Ko/s1600/acasadolago.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="287" src="http://2.bp.blogspot.com/-CrygkbjgyUM/UDt-J80ICHI/AAAAAAAAAR4/5wVO3mh52Ko/s400/acasadolago.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://www.cranik.com/casadolago.html" target="_blank">a casa do lago</a></td></tr>
</tbody></table>
Chove lá fora. Aqui, não faz tanto frio. Pode parecer triste, estranho, ou mórbido, o título dessa postagem, mas é disse que quero falar. Da tristeza que [nos] dá, quando um amor verdadeiro morre, ou sobre quando alguém que amamos morre, literalmente. Essa impotência para lidar com determinantes como esse [a morte física] nos faz acreditar, ou melhor, duvidar, que haja justiça divina para todas as dores e saudades ocasionadas por perdas humanas.<br />
<a name='more'></a><br />
Me perguntaram outro dia se eu tinha algum medo. Respondi de imediato: de baratas. Mas esse é um medinho pequeno, com verniz. Tenho outro medo, gigante, maior que qualquer dinossauro cujos fósseis sequer já foram encontrados por paleontólogos.<br />
Tenho muito medo de perder um amor para a morte, porque como bem determina aquela máxima, "enquanto há vida, há esperança". Temo não poder viver um grande amor por falta de tempo, de sorte, de vida. E perder a chance ou oportunidade de viver ao lado de quem se ama é uma tormenta.<br />
São várias as comédias dramáticas e românticas que tratam dessa temática. Choro em todas, compulsivamente. Encarno [ops] as personagens e sofro em dobro, por eles, pelo infortúnio de serem separados bruscamente, drasticamente, prematuramente.<br />
<br />
Das que eu me lembro, e amo rever, vou citar algumas:<br />
<ol>
<li><b>A casa do lago</b>, a mais linda e tocante história de amor e cumplicidade entre duas pessoas que não conseguem se encontrar, num mesmo tempo, porque vivem em tempos distintos. É lindo demais.</li>
<li><b>E se fosse verdade? </b>Com o fofo do Mark Rufalo. Muito lindo... já assisti trocentas vezes.</li>
<li><b>Noites de tormenta</b>, com Diane Lane e Richard Gere. Perfeito, sensível, emocionante.</li>
<li><b>Amor além da vida</b>;</li>
<li><b>Ghost, óbvio</b>.</li>
<li><b>Doce novembro- ai, ai</b>.</li>
<li><b>Cidade dos anjos</b>;</li>
<li><b>P. S. Eu te amo</b>;</li>
<li><b>Titanic</b>;</li>
<li><b>Em algum lugar do passado;</b></li>
<li><b>As pontes de Madison</b>;</li>
<li><b>Encontro marcado, com Brad Pitt</b>.</li>
<li><b>O amor e outras drogas</b>;</li>
<li><b>....</b></li>
</ol>
<div>
Nossa gente, a lista é grande... ajuda aí!</div>
As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-7686947403773286102012-08-13T16:11:00.003-03:002012-08-13T16:14:20.666-03:00Apenas um desejo de fuga<div style="text-align: center;">
Queria estar com <em>Matt Damon</em> hoje. </div>
<div style="text-align: center;">
Ele, vestido de <em>Jason Bourne</em>. </div>
<div style="text-align: center;">
Eu, de mocinha, indefesa, insanamente louca pela proteção dele.</div>
<div style="text-align: center;">
Pelo seu par de olhos silenciosos e intensos. </div>
<div style="text-align: center;">
Por aquele "cantinho" de sorriso, contido, que não sai, sabe? </div>
<div style="text-align: center;">
E isso é pretensão, é loucura, é o quê? </div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/-2rVB7AiExvI/UClRFKXVyFI/AAAAAAAAARk/mLM6vJaPzyo/s1600/A+Identidade+Bourne.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-2rVB7AiExvI/UClRFKXVyFI/AAAAAAAAARk/mLM6vJaPzyo/s320/A+Identidade+Bourne.jpg" width="240" /></a></div>
As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-85717874872856373402012-08-06T21:48:00.001-03:002012-10-13T19:31:30.954-03:00Delírio de Agosto nº 1<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://sphotos-b.xx.fbcdn.net/hphotos-ash3/s480x480/547943_304971149601341_1017414484_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://sphotos-b.xx.fbcdn.net/hphotos-ash3/s480x480/547943_304971149601341_1017414484_n.jpg" width="142" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;"><br /></span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">Comprovadamente sou uma mulher sem muitas experiências amorosas para contar, acho que por isso escrevo tão pouco neste blog. Acontece que tenho muitas amigas, e elas aprontam muito, e dá uma vontade louca de divulgar suas traquinagens, mesmo por que invejo e desejo muitas vezes que aconteça algo parecido comigo um dia...</span><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">Uma vez uma delas contou que conheceu um cara numa festa de São Pedro, encostou com ele numa cancela e lá vai amasso. Outra contou um fervoroso encontro num carro, na rua da minha casa. Teve também um caso que encontraram dois no meio da linha de produção da empresa que trabalho. São tantos os lugares para antes e durante o ato que simplesmente nem imagino criar histórias: minha básica vida sexual/afeitva/amorosa não permite avanços além do sofá da sala.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">Vou compartilhar uma permitida pela aventureira: a "da festa". Percebi que uma amiga bebia além da conta e lançava olhares famintos para um estrangeiro, daqueles de olho azul como o céu, com roupa meio hippie e ar de quem tomou só banho de mar. Estava acompanhado. A paquera rolou por uma boa parte da noite, eu pegando de relance a troca de olhares e imaginando no que poderia dar, curiosa mais porque acho que essa amiga domina apenas o português além da língua do "i" e do "p". De vez em quando eles se encostavam, típico de paquera de bar, tudo bem discreto, captado pelo meu radar sóbrio.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">Então o estrangeiro e sua acompanhante dão ideia de que vão sair. Ele olha para trás aflito; minha amiga levanta o copo de cerveja e oferece um brinde de despedida. Sorrisos e fim - pensava eu. Aí acontece rapidamente que o cara volta sozinho; vai para o banheiro; minha amiga o segue; depois de alguns muitos minutos ela volta sorrindo, bebericando o copo com ar de conquistadora de novos mundos. Querem saber o que aconteceu? Eu também! Ela simplesmente não se lembra! Amnésia alcoólica.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">Até hoje me pergunta como ela saiu do banheiro, se descabelada, se com a roupa torta, se feliz. Digo que o que quer que tenha acontecido deve ter sido bom, pois lembro de um rubor típico dos arroubos mais interessantes. Ela fica vermelha novamente e sorri de canto, relembrando do que não se lembra. E eu, frustrada, tento imaginar como foi o diálogo, se é que existiu:</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">- Po-vo pê-cê pa-fa pa-la po-por pu-tu pê-guês?</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">- What?</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
<span style="background-color: transparent; font-family: Arial; font-size: 15px; vertical-align: baseline;">- Deixa pra lá, cara, you deve is o love de minha life!</span></div>
As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-34472781299966314802012-08-03T15:47:00.001-03:002012-08-03T15:54:33.088-03:00Ou de chorinhosTem homem que gosta de DR. Discutir relação é coisa realmente pra quem gosta. Esse cabra de quem falo, gosta tanto que não se dá conta de que não há mais o que discutir porque, de verdade, a nossa relação já nem existe mais. Ele discutia ao vivo; já faz tempo que vem discutindo à distância, de longe, na escrita, por meio de mensagens subliminares ditas por músicos ou poetas. Pior que finge que está feliz [para sempre] na outra relação. Penso que o que ele gosta mesmo é de sofrer. Poderia ser compositor de samba.As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-78747046844368375592012-07-29T13:01:00.001-03:002012-10-13T19:30:27.577-03:00Não foi verdadeQuis logo informar a realidade no título, para não zombarem de mim.<br />
Se isso que vou narrar tivesse mesmo acontecido juro que, por mais aberta e ordinária que eu fosse, eu não teria coragem de contar pra vocês, um mico dessa grandeza, não para vocês, que acreditam ainda em papai noel, em príncipe encantado, em duendes que vivem brincando em jardins etéreos.<br />
Agora, por favor, abram bem os olhos, e tentem imaginar cenas surreais, dignas da sessão da madrugada mais extraordinária que uma mulher, entre quatro paredes ou mais, não deveria ter com um ser que, duvido que seja humano, nomeado aqui de Arnaldo Júnior.<br />
<br />
<a name='more'></a><br />
<span style="background-color: white;">Nos conhecíamos há uns três meses. No mesmo dia trocamos telefones. Passamos a nos corresponder por mensagens instantâneas bem esporádicas, com intervalos nada agradáveis. Nos falávamos no mínimo, quinzenalmente. </span><br />
<span style="background-color: white;">Pelos sumiços e celular desligado, imaginei logo que Arnaldo Jr, o Juninho como gosta de ser chamado, tivesse alguém. </span><span style="background-color: white;">Que boba eu sou. Na verdade, todo mundo tem alguém. Ou não. Ter é um verbo impronunciável para solteirões na pista, que já vislumbram a casa dos 50.</span><br />
Por falar em "ter", apresento-lhes o "perfil" do Juninho, que<b> tem</b> 43 completos. É taurino, do tipo teimoso. Ele voltou a morar com a mãe após findar o casamento, que obviamente resultou em pensão mensal e um brinde. Isso mesmo. Ele <b>tem </b>uma filha adolescente. Mas, felizmente, e não faço a menor ideia pra quem, ela mora longe, ao lado da sua ex, que segundo me disse, é tranquila e não interfere em sua vida mais.<br />
Um parêntese. Essa história de homem que se separa e vai morar com os pais daria, por baixo, uns noventa e nove <i>posts</i>, aqui. São várias nuances e problemas que vejo em tipos assim. Mas não quero falar dessas questões. Freud, terapeutas e afins tratam disso em confortáveis divâs. Aqui não é um deles. Aqui é só um espaço de desabafo, sem pretensões psicanalíticas. Aqui é somente para enlouquecermos juntos.<br />
Continuando no que o fraco do Juninho tem, ou acha que tem, ele<b> tem </b>uma coleção de chapéus do panamá. Dos nossos poucos encontros, reconheci dois diferentes. Tamanhos e texturas diferentes. Feios. Gostava mais quando os carecas faziam uso de disfarces usando bonés. Mais joviais e menos esquisitos. O chapéu predileto do Juninho é um preto, com um friso branco. Comum e nada estiloso. Feio.<br />
Ele o usa como um símbolo de proteção. Como um escapulário. Creio que não tira pra dormir. Ah, não sei. Não imagino ser possível isso, mas vindo dele, não duvido de absolutamente nada. E confesso que foi esse acessório em sua cabeça redonda e de testa avantajada, que me fez prestar atenção nele, o que por sua vez, o fez prestar atenção em mim. Maldita curiosidade essa, que me leva a viver situações absurdamente desprezíveis, com cafajestes do nível desse ordinário que de bom, só tem um negócio que mais abaixo descrevo.<br />
Lembram que não foi verdade, ok? Pronto... narro essas linhas com uma convicção de quem vivenciou essa fantasia doida, mas é só fantasia na escrita. Basicamente é só isso.<br />
Pois bem, Juninho, em suas raras aparições, demonstrou <b>ter </b>um tesão acima do normal para sua faixa etária. Fiquei pensando se homem (ou quase-homens) é programado para tornar-se lobo após os 40, como nós, mulheres. Creio que a curva, para eles, da libido, da energia sexual, vai diminuindo com o passar dos anos, não o contrário. Faz sentido isso pra vocês, meninas?<br />
Mesmo que tenham dito não, Juninho se mostrou, aparentemente, bem lobo no cio. E sempre me apertava contra paredes, como os adolescentes fazem. Não entendi essa postura tão juvenil. Creio que ele não entende o que sejam preliminares. Nada contra amassos, gente, por favor. Agora um "coroa" com cara de tiozão, que usa chapéu fixado com colaprasempre, que parece estar sedento, não ter pegada de verdade e não arrancar suspiros, definitivamente, fiquei com pena da sua ex. Pelos tempos que passou ao lado desse guri bobo e sem criatividade.<br />
E do nada, enquanto eu sentia pena dela, num surto, ele desabotoou a bermuda e apresentou ao mundo [e a mim, boquiaberta] sua porção macabra. Tomei um susto e quase dei um pulo.<br />
Me lembrou aquelas surpresas assombrosas em brinquedos de festas infantis, que quando você abre a caixa, salta um palhaço gritando "TE PEGUEI!".<br />
O bilau de Juninho [adoro essa expressão] é mesmo grande, rígido e grosso. Pensei antes de rir [UAU]. Mas preferi conter minha empolgação e pedi, muito séria [explodindo por dentro] para ele guardar seu instrumental magnânimo.<br />
Sinceramente, não é assim que imagino uma cena de sexo sendo iniciada entre dois amantes desconhecidos. Sem preliminares, sem beijos calorosos e roupas sendo eliminadas de ambas as partes [incluindo <span style="background-color: white;">chapéu e escapulário] </span><span style="background-color: white;">e, ao mesmo tempo, com furor, desejo, peles arrepiadas.</span><br />
Juninho, com seu chapéu esquisito e bilau de fazer inveja, não<b> tem </b>dom<b> </b>pra agradar lobas como eu. Nota zero para esse quase-homem que não existiu pra mim e espero que não tenha existido para sua ex-mulher e nem para nenhuma de vocês, leitoras esperançosas em príncipes alfas.<br />
Juninho não <b>tem </b>pegada, não<b> tem</b> jeito, não <b>tem</b> habilidade, não <b>tem</b> molejo. Coitado. <b>Tem</b> um bilau muito mal utilizado, que deveria pertencer a quem<b> tem </b>vontade e sabe manejar o bicho solto.<br />
Eu não ousaria tirar o chapéu dele. Imagina a testa e a careca, reluzentes? Ui, medo.<br />
Conclusão: é<span style="background-color: white;"> companheiras, já não se fazem homens separados, com ou sem brindes, como antigamente. O mundo está um caos. Choremos. <b>Temos</b> motivos de sobra.</span>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-44303134589185767722012-06-30T12:57:00.003-03:002012-06-30T13:03:33.035-03:00ARGH!Em festas juninas é comum me defrontar com causos engraçados. Parece que atraio coisas e pessoas esquisitas. Isso, de certo, deve ser pra depois narrar aqui, nessas terras áridas por estórias extraordinárias.<br />
As outras duas parecem mesmo estar de férias eternas. Nem sei mais o que fazer para despertá-las dessa letargia. Ok. Blogar deve ser um ato de liberdade. Deixemos isso de lado.<br />
Vou contar a última das minhas aventuras numa noite de são pedro, pescador famoso.<br />
A festa estava apinhada de gente, biscoitos, enfeites nas mesas, amendoim cozido, cerveja gelada e mais um punhado de guloseimas tradicionais. Tudo aprovado. Tudo gostoso. Churrasquinho feito na hora. Acarajé, também. Tudo quente, tudo limpo, tudo perfeito. Duas bandas revezaram o palco. Entre forrós e arrochas, nos esbaldamos por mais de cinco horas seguidas.<br />
No meio da festança, ele apareceu. Silencioso, com chapéu estiloso, jaqueta de couro, calça jeans e uma camisa de listas, rosa- claro. Cabelos grisalhos. Olhar provocador. Parecia procurar por algo. Ou por mim? Não sei se foi ou é pretensão minha, mas o cara fixou o olhar em mim. Continuei fazendo a varredura nele e foi assim que cheguei nos pés calçados com um par de sapatos brancos.<br />
O susto foi grande.Tive pena dele. A noite estava chuvosa, prometendo borrar qualquer tipo de textura nos pés, com muita terra molhada e grama verde.<br />
O problema foi que não conseguia desviar os olhos daquele elefante branco. Será que ele era o noivo da quadrilha de são joão? Mas, me digam, e noivo usa sapato branco? Isso não é tradição da noiva? Gente, não seria possível alguém escolher um sapato dessa cor! Concluí que sim, foi um desatino dele.<br />
Enquanto eu enlouquecia com meus pensamentos tortos e sombrios, ele percebeu o meu olhar sobre ele e resolveu brincar de me encarar, também. A minha amiga entendeu a 'quase-paquera' e disse que iria pegar bebida ou ir ao banheiro, não sei ao certo. Continuei ali, parada, incrédula. O sapato do cara não saía dos meus miolos. Queria conhecê-lo. Precisava entendê-lo. Precisava descobri-lo.<br />
<span style="background-color: white;">Foi então que ele aproveitou que fiquei sozinha e me convidou pra dançar e eu fui, parecendo estar sob o feitiço do par das botinas cor de algodão.</span><br />
A máxima "<i>por fora, bela viola, por dentro, pão borolento</i>" se aplicou perfeitamente ao causo. <span style="background-color: white;">Quando ele me enlaçou, senti o cheiro [horrível] de couro vencido, sabe? Do tipo que nunca foi lavado e é guardado a cada verão e retirado do armário sempre no mesmo dia, no inverno de cada ano. </span><br />
<span style="background-color: white;">Tive náuseas com o odor que emanava dele. Depois teve o hálito, tipo: comi, bebi, vomitei, dormi, comi de novo e me esqueci de escovar os dentes, sabe? Que nojo!!!</span><br />
<span style="background-color: white;">Claro que evitei me aproximar do corpo dele, emudeci pra não ter que respirar o mesmo ar pesado, e pensei em me afastar no meio da música. Desisti disso. Considerando o contexto e as longas horas da 'quase-paquera', precisava falar sobre o assunto que me levou até os seus braços. </span><br />
- Oh... estou com medo de pisar em seus pés.<br />
- Pode pisar!<br />
- Não... seu sapato é branco! Está todo limpo!<br />
- Mas vai sujar... não me importo!<br />
- Sério? Mas por que escolheu essa cor? Você é da área de saúde?<br />
Ele riu alto revelando seus dentes sujos e fétidos. Eu sorri forçado, louca pra desaparecer como um raio.<br />
- Não... eu gosto de branco. E combina com o chapéu.<br />
- Ah....<br />
Eu agradeci pela dança, puxei minha amiga para o outro canto da festa e torci pra chegar em casa logo, sã e salva, pra tomar um belo banho! <span style="background-color: white;">E viva são pedro, pescador, que não me trouxe amor, nem calor, nem um [bom] sabor.</span><br />
<span style="background-color: white;">---</span><br />
Agora voltem ao titulo e repitam comigo.<br />
<br />As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-49672504011429689022012-06-15T17:53:00.003-03:002012-06-15T18:22:59.690-03:00EncomendaUma amiga me chamou a atenção para uma música extraordinária [<span style="color: #cc0000;">Cigano/Djavan</span>]. Me pediu para escrever sobre. Comentei que eu não conseguiria escrever sem inspiração, sem uma história minha nela. Ainda assim, diante do pleito, ouvi algumas vezes essa linda canção e aqui está, querida, em sua homenagem!<br />
Na falta da criatividade resolvi comentar a letra, pra quem sabe, aliviar essa tensão minha, sua, nossa, pós ressaca do dia deles, dos enamorados. Um dia faremos nós, inúmeras comemorações, porque definitivamente, o sol nasce pra todos!<br />
Enquanto seu lobo não vem, sonhemos, cantemos, dancemos... o santo antônio já ouviu nossas preces!<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; text-align: left;"><br /></span><br />
<span style="font-family: inherit; text-align: left;"><b>Te querer</b></span></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; text-align: left;"><b>Viver mais pra ser exato</b></span><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit; text-align: left;">[exagero dele, né? Conseguimos viver sem um amor. Talvez não consigamos viver em sua plenitude]</span><br />
<b style="font-family: inherit; text-align: left;">Te seguir</b><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">E poder chegar</span></span></b><br />
<b style="font-family: inherit; text-align: left;">Onde tudo é só meu</b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit;">[Que louco desejar isso! Não possuímos nem a nós mesmos]</span><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"></span></b><br />
<div style="display: inline !important; text-align: center;">
<div style="display: inline !important;">
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Te encontrar</span></span></b><br />
<b style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Dar a cara pro teu beijo</span></span></b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit; text-align: left;">[Beijo se ganha, não se pede, nem se implora... autoestima é importante!]</span><br />
<b style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Correr atrás de ti feito cigano</span></span></b><br />
<b style="font-family: inherit;">Cigano, cigano</b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit;">[é poético, mas não me encanta pensar que terei que correr atrás, suar, mendigar atenção...]</span><br />
<b style="font-family: inherit;">Me jogar sem medir</b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit;">[olha aí... com os dois pés no ar, o tombo pode ser gigante!]</span><br />
<b style="font-family: inherit;">Viajar</b><br />
<b style="font-family: inherit;">Entre pernas e delícias</b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit;">[opa.. uma delícia, pensar o ato de amar, assim, sem medidas...]</span><br />
<b style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Conhecer</span></span></b></div>
</div>
<div style="display: inline !important; text-align: center;">
<div style="display: inline !important;">
<b style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Pra notícias dar</span></span></b><br />
<b style="font-family: inherit;">Devassar sua vida</b><br />
<b style="font-family: inherit;">Resistir</b><br />
<b style="font-family: inherit; text-align: left;">Ao que pode o pensamento</b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit;">[o grande engano talvez seja esse, o de achar que precisamos conhecer tudo do outro... mas não é o mistério, o que desconhecemos, o que há de mais instigante num novo amor?]</span><br />
<b style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Saber chegar no seu melhor momento</span></b><br />
<b style="font-family: inherit;">Momento, momento</b><br />
<span style="color: #cc0000; font-family: inherit;">[Quando é? Como saber?]</span></div>
</div>
</div>
<span style="font-family: inherit; text-align: left;"><b></b></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; text-align: left;"><b><span style="font-family: inherit;">Pra ficar e ficar</span></b></span><br />
<b style="font-family: inherit; text-align: left;">Juntos, dentro, horas</b></div>
<span style="font-family: inherit; text-align: left;">
</span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cc0000;">[uau]</span></span></span><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Tudo ali às claras</span></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Deixar crescer</span></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Até romper</span></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">A manhã</span></span></b><br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"></span></b><br />
<div style="display: inline !important; text-align: center;">
<div style="display: inline !important;">
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Como o mar está sereno</span></span></b></div>
</div>
<br />
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"></span></b><br />
<div style="display: inline !important; text-align: center;">
<div style="display: inline !important;">
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Olha lá</span></span></b></div>
</div>
</div>
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"></span></b><br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">As gaivotas já</span></span></b></div>
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;">
</span><span style="font-family: inherit; text-align: left;"></span></b><br />
<div style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;">Vão deixar suas ilhas</span></span></b></div>
<b><span style="font-family: inherit; text-align: left;">
</span><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">Veja o Sol</span></div>
</span><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">É demais esta cidade!</span></div>
</span><span style="font-family: inherit; text-align: left;"><div style="text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;">A gente vai</span></div>
</span></b><span style="text-align: left;"><div style="font-family: inherit; text-align: center;">
<b><span style="font-family: inherit;">Ter um dia de calor...</span><span style="font-family: inherit;"> </span></b></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cc0000;">[não há mais o que criticar...quando se ama, naturalmente, a gente vê beleza em tudo, e tudo é lindo, contagiante, emocionante, extraordinário de se viver! Até um dia de [muito] calor...</span></span></div>
<div style="font-family: inherit; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #cc0000;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><object height="315" width="560"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/cywXLD1RpSk?version=3&hl=pt_BR">
</param>
<param name="allowFullScreen" value="true">
</param>
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</span>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-87470668242773657772012-05-25T15:26:00.000-03:002012-05-25T16:48:23.859-03:00Ele, o samurai<span style="font-family: inherit;">Essa história é atemporal, ok? Não imaginem que aconteceu ontem, ou mesmo na semana passada. Ou mesmo se aconteceu. Aliás, o tempo real está tão fora de moda quanto de propósito. Afinal, para que serve um relógio ou um cronômetro, senão para medir a passagem do tempo? Ou seja, se já passou, não importa quando.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Esse mistério todo é justamente para que entrem na lógica do mundo virtualizado. Pouco interessa se chove, faz calor, se é inverno ou verão. Talvez a lua cheia poderia fazer parte dessa narrativa, já que na noite do dia extraordinário ela estava lá, alta, imperiosa, exigindo loucuras sexuais dos humanos.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Então, já que não é pra falar de quando o evento aconteceu, por que samurai mesmo?</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Ah, isso é simples e até divertido contar. Posso contar. </span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-XljZqr39IV0/T7_ON3r_NYI/AAAAAAAAARA/JrYKsBz4kNw/s1600/samurai.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-XljZqr39IV0/T7_ON3r_NYI/AAAAAAAAARA/JrYKsBz4kNw/s400/samurai.png" width="290" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #cc0000; font-family: inherit;"><b>Dizem que o amor atrai...</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: inherit;">Ele, o samurai, é um homem de estatura mediana, quase alto, negro, de cavanhaque bem desenhado, de olhar terno, de mãos grandes e sorriso largo. Me lembra um ator que gosto muito, que agora está em cartaz com Homens de Preto, parte acima de 2. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Ele, o samurai, tem costas largas, um cheiro de gente limpa, sabe? Que se cuida, que tem higiene, que não vai a um encontro com uma mulher sem antes tomar um banho demorado e passar loção pós-barba.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Eu e ele, o samurai, já nos conhecíamos de velhos carnavais. Quando nos reencontramos, ao acaso, exatamente na atemporalidade característica das relações casuais do século 21, decidimos trocar telefones, para que não nos 'perdêssemos mais de vista'. </span><br />
<span style="font-family: inherit;">E eu digitei seu número e salvei aleatoriamente. Desse salvar de qualquer jeito, o número dele passou a pertencer a alguém da minha agenda telefônica que tinha o sobrenome-apelido de samurai.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Confesso que tentei modificar, mas como perdi a paciência com o teclado do aparelho, assim permaneceu o codinome beija-flor, digo codinome samurai, com exclusividade só para mim, e pelo visto, para todo o sempre.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Tive que contar para ele sobre seu novo nome, o que nos rendeu muitas risadas e até deu um toque de cumplicidade entre nós, a cada vez que me telefonava; e de lá em diante, passamos a nos comunicar muitas vezes, e ele, o samurai, passou a querer me reencontrar outras tantas.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Não tive paciência de fazer pesquisas mais rebuscadas. Fui então à wikipédia e descobri coisas bem simples, mas interessantes sobre:</span><br />
<ul>
<li><span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 10.2pt;">O nome "samurai" significa, em</span><span style="line-height: 10.2pt;"> </span><span style="line-height: 10.2pt;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_japonesa" title="Língua japonesa"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;">japonês</span></a>, "aquele que serve".
Portanto, sua maior função era servir, com total</span><span style="line-height: 10.2pt;"> </span><span style="line-height: 10.2pt;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lealdade" title="Lealdade"><span style="color: windowtext; text-decoration: none;">lealdade</span></a></span><span style="line-height: 10.2pt;"> </span><span style="line-height: 10.2pt;">e empenho, o Imperador. <span style="color: #cc0000;">Eu, imperadora, poderosa? Não, não me vejo assim.</span></span></span></li>
<li><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;">(...) Era esperado dos samurais que
eles não fossem </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Analfabeto" style="background-color: white; line-height: 10.2pt;" title="Analfabeto"><span style="color: black; text-decoration: none;">analfabetos</span></a><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;"> e que fossem cultos até um nível básico. <span style="color: #cc0000;">Nossa, o "meu" surpreendeu. Ele é bastante culto! Tem até um MBA em seu currículo. Uau!</span></span></span></li>
<li><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;">Os samurais obedeciam a um </span><a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=C%C3%B3digo_de_honra&action=edit&redlink=1" style="background-color: white; line-height: 10.2pt;" title="Código de honra (página não existe)"><span style="color: black; text-decoration: none;">código de honra</span></a><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;"> não-escrito
denominado </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bushid%C3%B4" style="background-color: white; line-height: 10.2pt;" title="Bushidô"><span style="color: black; text-decoration: none;">bushidô</span></a><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;"> (caminho do guerreiro). Segundo esse código, os
samurais não poderiam demonstrar </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Medo" style="background-color: white; line-height: 10.2pt;" title="Medo"><span style="color: black; text-decoration: none;">medo</span></a><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;"> ou </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Covardia" style="background-color: white; line-height: 10.2pt;" title="Covardia"><span style="color: black; text-decoration: none;">covardia</span></a><span style="background-color: white; line-height: 10.2pt;"> diante
de qualquer situação. <span style="color: #cc0000;">Aí deu pra mim. Percebi logo que, além de insistente, ele sabe como lutar. A mão dele pousada em minha perna me disse exatamente isso.</span></span></span></li>
</ul>
<div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 13px;">Também me dei conta de que Djavan tem uma música com esse título. </span><span style="line-height: 13px;">E finalizo com ela, abaixo, concluindo que há mais coisas a acontecer [bem debaixo dessa ponte], entre o céu e a terra. </span></span></div>
<div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 13px;">Ele, o samurai, é forte, viril e ficou de me telefonar qualquer hora dessas, pra pousar suas mãos ágeis em mim. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 13px;">Tempo, tempo, tempo, tempo...</span><span style="line-height: 13px;"> e "</span><b style="line-height: 13px;"><span style="color: #cc0000;">ai, quanto querer, cabe em meu coração...</span></b><span style="line-height: 13px;">".</span></span><br />
<div style="text-align: center;">
<span style="line-height: 13px;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<span style="line-height: 13px;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
</div>
<div>
<div style="text-align: center;">
<span style="line-height: 13px;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/_odyF9JoL2A" width="420"></iframe></span></div>
</div>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-82418489987714678262012-05-12T19:46:00.003-03:002012-05-12T19:46:46.903-03:00Pra quem não sabe amar...<br />
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Calibri;">...e fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos, parabéns, espere mesmo. O mercado do “amor” está uma lástima! A gente tenta, tenta, tenta e só dá com burros n’água. Os homens que tenho encontrado estão sem romantismo, sem atenção, com os olhos voltados para o próprio umbigo (para não dizer outra coisa). Acabou-se a perspectiva de “cinderelar”, “branca-de-nevezar”, nem Shrek é conto de fadas real. Simplesmente por que, como se não bastasse não existir príncipes e princesas, não existe também confiança, consideração, respeito, olhos nos olhos, mãos dadas, beijo tranquilo. Essas coisas sumiram com a virada do século e com a criação do Facebook.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-36RtnS8NRRs/ThU_vx1tPLI/AAAAAAAAAR8/L8HZouQ3-l8/s1600/heartbreak.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="184" src="http://4.bp.blogspot.com/-36RtnS8NRRs/ThU_vx1tPLI/AAAAAAAAAR8/L8HZouQ3-l8/s320/heartbreak.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: Google, o melhor investigador do mundo.</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Calibri;">Os anos 1980 foram os últimos românticos. Cazuza, Renato Russo, que saudade de vocês! Kid Abelha, Leo Jaime, até Titãs com “Sonífera Ilha” fazia mais bonito no romantismo do que essa galera sertanejante de hoje. “Se beber eu fico triste, bebendo eu fico alegre” é a verdade da década. Se a gente bebe um pouquinho, o mundo vai se dissolvendo, dissolvendo, até que aquele feinho, com dente torto, meio orelhudo, perna arqueada e usando camisa de futebol que chegou de mãos dadas com a loira sem sal vira o arquétipo do Adônis, forte e viril, belo e jovem, pronto para viver as fantasias mais loucas com você. Beba um pouquinho mais e já estará esperando o cara sair para pegar uma bebida e você cola, reclamando da solidão de beber sozinha, passa a mão no cabelo, chupa o canudo, sem tirar o olho do ex-feio, e tem ele lhe paquerando toda a noite. Você pode não ter beijado ninguém, mas vai dar cada olhada...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px; margin-bottom: 10pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Calibri;">Enfim, desilusão completa com relação ao romance. Homens românticos e interessantes, cadê vocês? Mulheres menos exigentes consigo mesmas, me convençam de que ser passiva é bom! Pelamordedeus! Essa balança anda muito descompensada! E eu também estou com TPM. Meu mal é ser libriana, nunca aponto para um problema sem pensar que ele pode ter sido gerado pelo outro ou por mim mesma. Mas de uma coisa tenho certeza: não fui eu que fiz esse homem que pensou enquanto lia o texto ser como ele é. Os novos e injustos valores pós-revolução feminista cobram um preço grande para a mulher e o romance, condenaram a gente a segurar a onda de nossas escolhas e aguentar a solidão. Sabe do que mais? Aguentarei! Resistirei! E beberei! Muito!</span></span></div>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-13952466544408407292012-05-03T12:10:00.002-03:002012-05-03T12:29:34.408-03:00Doce [e intenso] abrilÉ sobre o fim que quero desabafar. Sobre a dor do fim, de algo que era tão doce, tão lindo, tão fácil de germinar e crescer. Sobre a sensação de impotência que se apoderou de mim diante da história alheia, complexa, cheia de condicionantes.<br />
Não era nem pra ter começado. Claro que era. Não era pra ter acabado, isso sim. Mas insistir num erro é cometê-lo de novo e de novo, a cada beijo trocado, a cada olhar de cumplicidade lançado.<br />
Eu sentirei falta do melhor que havia em nós: os sorrisos, os olhares, os cheiros, os carinhos, os diálogos, o sexo sem pressa, ou aquele urgente.<br />
Era tudo tão natural, tão intenso, que não entendo como vou conseguir apagar da memória dos meus melhores momentos a dois, nos últimos anos.<br />
Ele está em mim, tatuado. Nos quatro cantos da casa o vejo circulando livremente, fazendo alongamentos intermináveis, me fazendo rir ou me fazendo delirar, querendo mais, o desejando mais.<br />
Ontem finalizamos sem reticências. Não haverá continuidade porque não há o que continuar. Antecipei e ele concordou. Dei um basta e ele aceitou.<br />
Foram horas duras de silêncio, de angústia, de vontade de acabar com aquela conversa difícil e partir pro abraço, sem considerar o motivo do encontro. Mas assim não foi.<br />
Ele e eu sabemos que a razão é imperativa, impiedosa e não teme revelias. Como "não sou rebelde porque o mundo não quis assim", seguirei muito triste, mas acreditando que foi uma decisão acertada, embora dolorida. Dor que me dilacerou. Não sei como viverei sem contar mais com possíveis chegadas repentinas dele. O interfone vai emudecer. Vão bater em minha porta somente para receberem o lixo consumido. Ninguém sequer vai perceber que estou um lixo. Sabe aquele tipo de lixo que vai durar uma eternidade para se decompor? É assim que será, porque saudade é igual lixo: não acaba, só aumenta.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-j5pUTgIJI00/T6KfjFHRnbI/AAAAAAAAAQ0/YmWEqYYtqWU/s1600/fim-de-namoro-01.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="252" src="http://2.bp.blogspot.com/-j5pUTgIJI00/T6KfjFHRnbI/AAAAAAAAAQ0/YmWEqYYtqWU/s400/fim-de-namoro-01.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #990000;"><b>agora é cada um, cada um</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-45759748907428362862012-03-31T15:43:00.012-03:002012-04-01T10:32:23.915-03:00Depois da tempestade...A razão do meu atual afeto tem nome. Começa com A, como Arnaldo, por exemplo. Sustenta um jeito simples e inteligente de levar a vida. Tem dois filhos. Um casal. Um com 4 e outro com 3 aninhos. O mais velho levou seu nome, mas queixou-se de arrependimento: não carrega o sobrenome Filho. Ele queria isso. Se orgulharia disso.<br />
<br />
Ele é alto, magro, sorriso largo. Lindo sorriso. Sorri com os olhos. E fala com os lábios. E com os olhos também. E fala e ri ao mesmo tempo e de um jeito único. Mentira. Já vi esse sorriso-olhos em outro afeto do passado. Mas passou, né?? Não cabem mais semelhanças. Um cheiro maravilhoso. Um beijo daqueles. Me lembra essa atual novela das 7.<br />
<br />
Ah, só mais uma por favor... ok, prometo não explorar tanto... eu e essa mania de querer ver no outro, o outro, aquele que me rejeitou e partiu sem sequer me dizer ADEUS. Antes que eu siga e apenas anuncie um FUI, preciso que saibam que eles dois se parecem demasiadamente. São espontâneos, joviais, espirituosos, dengosos, além de uma forma especial de dizer as coisas com uma tranquilidade e uma paz, absurdas.<br />
<br />
Estar ao lado dele, digo, deles dois, me pareceu a mesma coisa. O passado no presente outra vez. Mesma sensação de paz, de aconchego, de ninho. De prazer na medida, sem holofotes, estardalhaços ou seduções baratas.<br />
<br />
Mas há algo que o diferencia do anterior. E é isso que mais tenho gostado nele. Além de ser honesto e admitir o tumulto que é sua vida e que ainda assim me quer bem perto, ele carrega um apartamento em seu carro!<br />
<br />
Nele, você encontra de tudo. Eu observei cada milímetro do que havia no banco de trás, na frente, nas gavetas... não me arrisquei a ver o que continha no porta-malas. Tive medo de me deparar com algo muito inusitado, a ponto de ficar vermelha ou sem graça. Mas pude ver pares de sapatos, gravatas, camisas, um sabonete ainda fechado, um pote de margarina. De abridor de garrafas a absorvente íntimo. Algo extraordinariamente louco.<br />
<br />
Ele é assim. Adora ser assim. Acha divertido viver colecionando utilidades diversas, para fins diversos. Depende apenas do desejo de quem estiver ao seu lado. "Uma cerveja? Ah, pega no isopor... e, ali na frente, se quiser, tem copo descartável e taças também, caso não goste de beber em copos de plástico."<br />
<br />
Pode uma coisa dessas? Posso ficar pesada, ao lado de uma criatura dessa? Não. Jamais.<br />
<br />
Me contou que ter uma casa, dentro de um automóvel, lhe rende muitas situações hilárias envolvendo caronas, lavadores de carro, e que já teve até que conservar o carro sujo, por dentro, tamanha a parafernália de tranqueiras que carrega, e sem nenhum peso na consciência. Peso mesmo, só em seu carro, que se tivesse que pagar multa por excesso, estaria endividado para todo o sempre.<br />
<br />
O meu novo <i>affair</i> sabe fazer muita bagunça e sabe resolver muita coisa. Ele é quase um Magaiver, aquele, daquele seriado lá do passado. Com diálogo simples, direto, com atitude.<br />
<br />
"ah, a atitude dele... ah, isso, meu ex-bem, você nunca teve comigo".<br />
<br />
E, depois de tanta chuva em meus dias, eu sinceramente não imaginava ter o sol de volta, com um sorriso lindo nos olhos, só pra mim. Passados alguns meses de muita trovoada, relâmpagos, apagões, enxurradas de lágrimas, entendi, com o novo, que me livrei do peso do passado.<br />
<br />
Agora carrego outros pesos, no carro de um homem cheio de histórias, divertido, com seu cheiro bom, e beijo gostoso, com "a letra A, do seu nome", como me diria Nando Reis. Pois é.. a bonança me chama. Tenho que ir. FUI.<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-n6jPh05CitA/T3dJBMT8gNI/AAAAAAAAAQs/6PwcXHef6Rk/s1600/macgyver_carded.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="247" src="http://3.bp.blogspot.com/-n6jPh05CitA/T3dJBMT8gNI/AAAAAAAAAQs/6PwcXHef6Rk/s320/macgyver_carded.jpg" width="320" /></a></div>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-56909890889824462822012-03-17T11:36:00.000-03:002012-03-17T11:36:14.092-03:00Na madrugadaA madrugada se faz curta. Há tanta coisa por dizer... Lembrança sublime, saudade, vontade de se ver, se tocar.<br />
Mas o medo venceu o desejo e a razão sobrepôs a emoção.<br />
Almas paralisadas. Uma história interrompida e corações despedaçados.<br />
Cada um vivendo a mediocridade de seu cotidiano, estampando no rosto uma felicidade fictícia.<br />
Não há mais espaço para a dúvida.<br />
E ainda que amanheçam palavras românticas, despertando sentimentos adormecidos, as lembranças de um romance que não vingou só rendem mais frustrações.<br />
Um amor sufocado que insiste em não morrer.<br />
<br />
E esses versos dos Paralamas parecem ecoar:<br />
<br />
"<span style="background-color: white; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">Por mais que eu pense</span><br />
<div style="background-color: white; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0429688) 0px 1px 1px;">Que eu sinta, que eu fale<br />
Tem sempre alguma coisa por dizer<br />
Por mais que o mundo dê voltas<br />
Em torno do sol, vem a lua me<br />
Enlouquecer</div><div style="background-color: white; border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-image: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; color: #555555; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 21px; margin-bottom: 20px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.0429688) 0px 1px 1px;">A noite passada<br />
Você veio me ver<br />
A noite passada<br />
Eu sonhei com você"</div><br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" src="http://www.youtube.com/embed/pWEHfOA4eyg" width="480"></iframe>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-85548401211889094732012-03-08T14:49:00.008-03:002012-03-08T15:20:49.797-03:00Fogões à parte, mais amor, por favor!Natural começar um texto com uma súplica! Logo hoje, no dia internacional da mulher, uma mulher é quem AINDA precisa suplicar por mais amor, por favor!<br />
<br />
Natural, por que? Por que os homens não assumem essa tarefa árdua? Por que os homens não tomam pra si o embate por relações mais amorosas que sexuais? Por que os homens não começam a ditar as mesmas regras que nós, mulheres... e que de agora em diante "sexo, só se for com [camisinha e] amor"?<br />
<br />
Indignada. Não consigo mais conviver com tantas responsabilidades. Tantas obrigações. Tantas habilidades. Tantas competências a apresentar!<br />
<br />
Parece que a mulher conquistou os postos de trabalho, melhores salários, lugar ao sol nas empresas e fábricas, na informática, na medicina, nas engenharias, na política, nas forças armadas, no jornalismo, no volante, e em tantas outras esferas inimagináveis. Avançamos, mas só um pouco. As mulheres negras, muito menos.<br />
<br />
E sem considerar a exceção, via de regra, em casa, a ala feminina é quem ainda conduz a cozinha, quem é responsável pela limpeza, e também quem sabe programar uma máquina de lavar ou estabelecer uma rotina decente.<br />
<br />
Tudo isso ao mesmo tempo. A unha precisa estar <b>sempre</b> impecável, a pele uma seda, os pêlos invisíveis, os fios brancos inexistentes, o hálito refrescante, a cabeça com cabeleira linda e cheirosa, e, obviamente, em dia com as principais notícias, o filho cuidado e sem neuroses e traumas, e além de tudo isso, o melhor sexo do mundo, com direito a novidades sob os lençóis, pra deixar o cabra amarrado. Na cama e nos seus sedutores decotes.<br />
<br />
Hoje um colega brincou no facebook e postou um <b>Feliz 8 de Março</b> simplesmente com a imagem de um fogão. Eu curti a brincadeira. Não posso crer que ele leva a sério. Ou é tão sério, que parece irônico? Não sei. Não achei engraçado. Curti porque achei a ironia adequada, tendo em vista o mundo feminino se descabelar pra dar conta do mundo do trabalho, das finanças, além das tarefas do lar, com perfeição, sob pena de perder seu amado marido para a vizinha ordinária, solteira e disponível.<br />
<br />
É assim que essas ditas donas de casa moderninhas, com seus lares perfeitos e maridos infiéis pensam que estão ajudando a construir a imagem da mulher independente, antenada com os avanços da ciência e das tecnologias.<br />
<br />
Vivem assim: controlam as contas de e-mails, dos torpedos e ligações. Rastreiam camisas e golas e vasculham nos carros vestígios outros, que lhes indiquem que outras estão brincando com seus brinquedos. Seguem desconfiadas, subjugadas, transando sem vontade, brigando dia sim, dia não, mordendo e assoprando, mas firmes na ideia fixa de continuarem casadas. Onde está o avanço, mesmo?? Comemorar o que, mesmo?<br />
<br />
Ou o contrário. Elas fazem de conta que não são traídas, vista grossa e caras de paisagem para as puladas de cerca dos seus maridinhos, caras de madeira, enceiradas com óleo de peroba dos bons. Seguem incrédulas, infelizes, na solidão tipicamente a dois (ou a três?), transando com vontade, desejando muito que os maridinhos voltem a se apaixonar por elas. Onde está o avanço, mesmo?? Comemorar o que, mesmo?<br />
<br />
Ou de outro jeito. Sabem que foram e continuam sendo traídas e resolvem dar o troco. Aquela velha máxima "toma lá, dá cá". E no meio do caminho se perdem, se apaixonam, se decepcionam, se frustram e seguem perdidinhas sem saber pra onde seguir, por que seguir e o castelo bonito com jardim bonito fica insosso. O sexo ganha ares de cinema. Cada um com sua fantasia mais recente. E seguem os dois, com dois mundos paralelos. Infiéis e nada parceiros. Onde está o avanço, mesmo?? Comemorar o que, mesmo?<br />
<br />
Ou nada disso. Uma mulher experiente se apaixona por um homem experiente. Separam-se verdadeiramente das suas histórias anteriores. Namoram, viajam juntos, fazem muito sexo com [camisinha e] amor. Decidem seguir juntos e parceiros, mas morar em casas separadas. Cada um com seu ritmo, suas contas, suas neuras. Cada um com suas receitas de assados e de amor. Cada um com sua pia. Lógico, cada um com seu fogão.<br />
<br />
Pensando nesses termos, sim, dá pra pensar em comemorar o dia em que a mulher vai ser igual, em gênero e em intenções amorosas.As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-35055153248959733512012-02-29T10:04:00.002-03:002012-02-29T10:12:44.486-03:00Amores ordinários<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-G2IwFmIAXY0/T04iTutAi-I/AAAAAAAAAQk/rgV65xryByE/s1600/sexo+ou+amor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="288" src="http://4.bp.blogspot.com/-G2IwFmIAXY0/T04iTutAi-I/AAAAAAAAAQk/rgV65xryByE/s320/sexo+ou+amor.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">amor depois...</td></tr>
</tbody></table><br />
<div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Gente, a entrevista abaixo foi lida por uma das ordinárias e enviada por e-mail para validação das outras duas. </span><span style="font-family: inherit;">Validamos porque acreditamos, sim, esse tema ainda merece muita reflexão.</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969);"><span style="font-family: inherit;">A ordinária/autora é uma escritora britânica, das nossas: ama falar de amor e sexo! Segundo a postagem na <a href="http://folha.com/">Folha.com</a>, <span style="background-color: transparent; line-height: 18px;">Lisa Appignanesi é diretora do Freud Museum, em Londres e já escreveu sobre o conflito entre o pai da psicanálise e as ideias do feminismo. Depois, questionou o aumento no diagnóstico de doenças mentais em mulheres. </span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; line-height: 18px;"><br />
</span></span><br />
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; line-height: 18px;">Agora, a premiada autora de</span><span style="background-color: transparent; line-height: 18px;"> </span><a href="http://livraria.folha.com.br/catalogo/1164297/tristes-loucas-e-mas" style="background-color: transparent; line-height: 18px;">"Tristes, Loucas e Más"</a><span style="background-color: transparent; line-height: 18px;"> </span><span style="background-color: transparent; line-height: 18px;">parte em defesa do amor ordinário. Seu último livro, "All About Love" ("Tudo sobre o amor"), aborda os prazeres de um relacionamento comum. A edição brasileira deve sair em 2013.</span></span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Leiam e comentem!!</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><br />
</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">Abaixo a entrevista na íntegra, extraída </span><a href="http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1052422-escritora-britanica-fala-sobre-os-prazeres-do-amor-ordinario.shtml" style="font-family: inherit;">daqui!</a></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;">-------</span></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><span style="font-family: inherit;"><b>Folha -</b> Por que, agora, a senhora resolveu escrever um livro sobre o amor?</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><b>Lisa Appignanesi -</b> Quis explorar as diferentes formas de usar nosso impulso de união. É importante, hoje, repensar e reequilibrar as nossas várias ideias sobre o amor.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">Como seria esse equilíbrio?</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">Podemos expandir a ideia de normalidade, encontrar excitação na familiaridade. Podemos pensar no amor não só em termos de tragédia, mas também como uma comédia. Dar risada junto com a pessoa amada é uma boa maneira de renovar o relacionamento. Perdemos a capacidade de perceber os prazeres do amor ordinário.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Não quer dizer que devemos ficar com a mesma pessoa a vida toda. Hoje é fácil se separar, o que é bom. Mas isso não nos ajuda a lidar melhor com a vida amorosa.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">Por quê?</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">Porque está cada vez mais difícil criar histórias de amor que deem sentido ao nosso desejo. Em nossa cultura, pelo menos, criamos muitos obstáculos para isso.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">Quais são eles?</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">Um obstáculo é a relação complicada entre amor e sexualidade. Ok, hoje pode não haver tanta repressão sexual, mas ainda colocamos essas duas coisas em compartimentos separados.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Ficou mais fácil ter satisfação sexual (sem amor), e mais difícil ter uma relação amorosa (com ou sem sexo).</span><br />
<span style="font-family: inherit;">O negócio é a pessoa encontrar a forma mais rápida de satisfazer seus desejos. O sexo é uma mercadoria mais fácil de achar do que o amor.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Outro problema é a obsessão moderna pela felicidade. Ser feliz virou uma obrigação -e o amor (como o sexo, o trabalho, a cultura) só serve se nos trouxer isso. Mas, ao mesmo tempo, as pessoas não acreditam mais no "felizes para sempre". Então, trocam o eterno pelo intenso, querem algo que as deixe muito loucas, como uma droga, ou as leve a estados profundos de desespero.</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Isso traz outra dificuldade, que é o ideal do amor extraordinário, fora do comum. Não temos, ou não usamos, referências do amor ordinário, que é o amor que temos na vida real, com alguns altos e baixos, mas, na maioria das vezes, com seus platôs. Não conseguimos ver nisso material para criar nossa história de amor e ficamos esperando que uma nova pessoa ou uma nova oportunidade nos traga a experiência extraordinária.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">É um ideal, que nunca pode ser concretizado?</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">É também real, mas é só uma parte da história de amor que construímos no decorrer da vida, digamos que são alguns picos. Mas são os que queremos repetir sempre. Porque tudo começa no primeiro amor, a grande experiência da paixão que, normalmente, termina com algum grau de tragédia. É arrebatador porque é uma ruptura com a família, amamos outras pessoas que não são os nossos pais. Isso é realmente fora do comum e nos transforma. Essa experiência acaba sendo o molde do que esperamos encontrar no "verdadeiro" amor.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">E também é incentivado pelos ideais do amor romântico...</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">E por ideais pós-modernos mesmo. Hoje, nossas fantasias não são moldadas exatamente pelo amor romântico, inalcançável, mas pela cultura do excesso. Temos tudo, queremos mais, nunca estamos satisfeitos. As pessoas não gostam de nada moderado, parece que estão perdendo algo. E não temos paciência para os hábitos do outro. Há fases em que o relacionamento é muito irritante.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">E vale a pena insistir em um amor que se tornou irritante?</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">Não. Mas a saída não é a fantasia de que vamos achar outra pessoa que satisfaça todas as nossas expectativas. Não tenho a solução, não escrevi um livro de autoajuda, mas pesquisar sobre isso nos faz lidar melhor com a necessidade de amar e ser amado.</span><br />
<b><span style="font-family: inherit;">E as pesquisas da neurociência sobre o assunto, ajudam?</span></b><br />
<span style="font-family: inherit;">Fui criticada por não falar disso no livro, mas a a neurociência ainda tem muito pouco a dizer sobre o amor. Também não quis medicalizar o tema, não tratei do amor patológico. Deixei isso para o próximo livro, sobre os crimes da paixão.</span></div>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-45488392171434023542012-02-23T13:25:00.004-02:002012-02-23T18:41:42.753-02:00Ou dá ou desce!- Oi<br />
- Nossa, que cheiro bom que vem de você.<br />
- É que cheguei agora... o perfume ainda está na validade!<br />
- Hum... delícia.<br />
- Isso é nome de música?<br />
- Não, você é uma delícia!<br />
- Ah sim... [risos]<br />
- E então, vai me dar um beijo?<br />
- Já?<br />
- Sim... pra que esperar?<br />
- Normalmente você beija uma mulher logo após conhecê-la?<br />
- Não...<br />
- Ah, no carnaval muda tudo?<br />
- É, é carnaval...<br />
- Pra mim, não. Pra mim são duas pessoas se conhecendo no carnaval.<br />
- Ok.<br />
- Ok?<br />
- Vou indo.<br />
- Tá!<br />
<br />
Conclusão: ou beije muito ou não se afaste das palavras.As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-49759515056436999642012-02-09T23:26:00.001-02:002012-02-09T23:27:23.809-02:00Saudades Daí<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">-- Moptop - Bom Par - para ouvir enquanto lê --</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/37swzwvO0H4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><br />
</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><br />
</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e eu o olhava do outro lado da bancada</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e o cheiro da comida misturava fome com ansiedade</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e sentava junto só pra constranger</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e contava os minutos para lavar mãos juntos</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e saía da sala só para fingir encontros de coincidência</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e cruzamos numa entrada</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e foi surpresa</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e um boa noite puxa uma longa conversa</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e a conversa puxa muitas risadas</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e a conversa puxa</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e no frio ganho um agasalho como uma promessa</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e dali a espera</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e valeu a pena</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e os dias eram mais claros</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e nas noites os sonhos eram melhores</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e depois aquilo tudo</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"> o que eu faço com aquilo tudo?</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e me sentindo uma exclamação</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e eu não olhava mais a bancada</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e eu não queria mais sentir o cheiro da comida</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e a vida me forçava a encontrar</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e eu olhava, olhava e via, via e sentia</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e eu queria mudar minha mágoa de endereço</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e foi tempo demais pra mim</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e o tempo passa</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e eu tive coragem</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e falei... tudo</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e tentei me controlar</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e tentei mais</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e atendi as ligações</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e li os e-mails</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e foi meu mal</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e foi meu bem</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e me rendi novamente</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e foi melhor ainda</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e gostei demais</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e estou esperando pelo próximo encontro</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;">e mesmo com tudo, mesmo com todos</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"> mesmo comigo</div><div style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0.917969); color: #222222;"><div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;">e mesmo assim, me sinto nós daí...</div><div style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium;"><br />
</div><div><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: x-small;">= para o branquinho mais gostável do sul desse país grande demais =</span></div></div></div>As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2619491662592439076.post-65633433778337404362012-02-04T17:40:00.010-02:002012-02-05T14:49:51.234-02:00Acorda, pessoa!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-JnFwA87rPP8/Ty2IniT8buI/AAAAAAAAAQc/4BH1uVVEGG8/s1600/acorda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-JnFwA87rPP8/Ty2IniT8buI/AAAAAAAAAQc/4BH1uVVEGG8/s320/acorda.jpg" width="320" /></a></div><br />
Depois de um período tumultuado, de muita tensão, pensei que, enfim, teria uma noite maravilhosa entre mim e meus lençóis. Quem dera.<br />
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Uma novela mexicana. Insônia das brabas. Revirei de um lado, de outro e só consegui cochilar, lá pelas tantas. Excitada, revivi as últimas horas, e na tentativa de esquecê-las, consegui desviar o foco para outra época.<br />
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Me lembrei dele, em meio às muitas lembranças quebradas. Imaginei o que estaria fazendo naquele exato momento. Certamente dormindo, roncando, dando boa noite a alguém que não sou eu e lhe beijando distraído na testa. Balancei a cabeça, querendo me livrar dessa triste imagem.<br />
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Cobri meus pés. O vento gelado me deu uma angústia. Impaciente, desliguei o ar. Fechei os olhos novamente e não consegui arrancá-lo de mim. Me senti, de novo, traída pelos pensamentos. Involuntariamente, refiz a cena mais linda: ele me olhando nos olhos e reconhecendo os meus desejos. Péssimo lembrar que isso acabou. <br />
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Ao invés de lutar contra minha memória, cedi e aproveitei o travesseiro ocioso da direita, que mais uma vez, me fez companhia, ajudando a embalar um bom sonho. Na íntegra, veja só o que eu vivenciei:<br />
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"Nós dois, num final de semana romântico! Após três horas de estrada, encontramos a praia menos visitada, cheia de coqueiros lindos, na linha verde, litoral baiano. O sol estava alto. Estendi a toalha e nos sentamos. Poucas pessoas nos faziam lembrar que não era uma ilha deserta. Mas não havia sequer vendedores ambulantes por ali. Um lugar paradisíaco. Ele estava lindo, com seu boné predileto, parecendo uma criança que se sente adulta, com manchas de protetor solar no nariz e nas costas. Corri minhas mãos pelo seu corpo, pra espalhar o produto, e me deparei com seu sorriso largo. Nada foi dito. Ficamos assim, completos, em silêncio, contemplando uma areia branquinha, uma dupla divertida [tentando acertar no frescobol], e, ao longe, o mar revolto."<br />
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E o final? Ah, volta ao título!As extraORDINÁRIAShttp://www.blogger.com/profile/11985268078871019987noreply@blogger.com6