sábado, 12 de maio de 2012

Pra quem não sabe amar...


...e fica esperando alguém que caiba nos seus sonhos, parabéns, espere mesmo. O mercado do “amor” está uma lástima! A gente tenta, tenta, tenta e só dá com burros n’água. Os homens que tenho encontrado estão sem romantismo, sem atenção, com os olhos voltados para o próprio umbigo (para não dizer outra coisa). Acabou-se a perspectiva de “cinderelar”, “branca-de-nevezar”, nem Shrek é conto de fadas real. Simplesmente por que, como se não bastasse não existir príncipes e princesas, não existe também confiança, consideração, respeito, olhos nos olhos, mãos dadas, beijo tranquilo. Essas coisas sumiram com a virada do século e com a criação do Facebook.
Fonte: Google, o melhor investigador do mundo.
Os anos 1980 foram os últimos românticos. Cazuza, Renato Russo, que saudade de vocês! Kid Abelha, Leo Jaime, até Titãs com “Sonífera Ilha” fazia mais bonito no romantismo do que essa galera sertanejante de hoje. “Se beber eu fico triste, bebendo eu fico alegre” é a verdade da década. Se a gente bebe um pouquinho, o mundo vai se dissolvendo, dissolvendo, até que aquele feinho, com dente torto, meio orelhudo, perna arqueada e usando camisa de futebol que chegou de mãos dadas com a loira sem sal vira o arquétipo do Adônis, forte e viril, belo e jovem, pronto para viver as fantasias mais loucas com você. Beba um pouquinho mais e já estará esperando o cara sair para pegar uma bebida e você cola, reclamando da solidão de beber sozinha, passa a mão no cabelo, chupa o canudo, sem tirar o olho do ex-feio, e tem ele lhe paquerando toda a noite. Você pode não ter beijado ninguém, mas vai dar cada olhada...
Enfim, desilusão completa com relação ao romance. Homens românticos e interessantes, cadê vocês? Mulheres menos exigentes consigo mesmas, me convençam de que ser passiva é bom! Pelamordedeus! Essa balança anda muito descompensada! E eu também estou com TPM. Meu mal é ser libriana, nunca aponto para um problema sem pensar que ele pode ter sido gerado pelo outro ou por mim mesma. Mas de uma coisa tenho certeza: não fui eu que fiz esse homem que pensou enquanto lia o texto ser como ele é. Os novos e injustos valores pós-revolução feminista cobram um preço grande para a mulher e o romance, condenaram a gente a segurar a onda de nossas escolhas e aguentar a solidão. Sabe do que mais? Aguentarei! Resistirei! E beberei! Muito!

2 comentários:

  1. Putz, que desabafo, hein...

    Olha, o mundo não foi tão injusto assim comigo. Eu tive um casamento que fracassou e tal, mas até me apareceram uns carinhas legais pelo caminho.
    Enfim, ainda tô viva e sei lá o que o futuro me reserva.

    Um bjo e tenta não beber tanto.

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  2. Assim como essa pedra-coração rachada, estou eu... uma pedra apareceu, passou pelo meu caminho e achei que fosse forte, e o amor, quem dera, fosse pra sempre. Mas, um ledo engano... passou, eu dei uma bela topada, caí, acordei, e creio eu, viverei sem romance, pra sempre.

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