segunda-feira, 8 de março de 2010

História de amor

Queria escrever uma história de amor nesse Dia Internacional da Mulher, só que estou espremendo a memória e não me lembro de nenhuma. Fiquei meio traumatizada hoje quando ouvi um espécime do sexo masculino – me nego a chamá-lo de homem depois dessa – falar que não sabe pra que mulher tem cabeça.
Imaginei um peixe, quando arrancam a cabeça e nos servem o rabo. Mulher pra ele é isso e estive a ponto de concordar tamanho o meu desespero para descobrir por que o mundo tá se comportando desse jeito, cadê os homens que gostam de mulheres que além de cabelos têm ideias na cabeça?!
Enfim, deixa me esforçar na memória. Hum, tá aparecendo uma história recente que rolou afeto. Nem tão recente... Pensando bem nem rolou afeto, foi só curtição mesmo, sem nada que mereça relato. Deixa pensar em outra. Hum, essa é boa, mas é filme, não vale.
Bem, tem uma história de amor, quando eu tinha 12 anos e acreditava que amar gerava histórias de amor. Na verdade as minhas últimas foram de terror, suspense, até comédia, mas nada de amor. Nada de música romântica ao fundo. Nada de mãos dadas e abraços fortes. Lembrei de uma pegadinha (não vou chamar essa de história de amor nem que me paguem).
Carlos era charmoso em tudo. Sedutor, lançou olhares que me desconcertavam e faziam que eu me virasse para saber se eram mesmo direcionados para mim. Pois eram, e fomos parar em minha cama. Tudo muito gostoso, tudo mesmo, mas Carlos mentiu. Chave de cadeia, casado, mais de dez anos de relacionamento. E soube através da mulher, que me ligou numa sexta-feira de chuva ainda por cima.
Sabe que ouvi musiquinha no início? A gente tinha trilha sonora, Falling Slowly. ELE me mandou uma música, nem fui eu! Ele me escrevia toda hora, mandava torpedos, me ligava para dar bom dia, boa tarde, boa noite. Me fez entrar no Skype. Ferrou com minha cabeça, o desgraçado (olha que nem falo palavrão).
Vou contar uma coisa: histórias de amor não existem, foram criadas por uma tal de Carochinha (ou Caroxinha). Quem encontrar essa sujeita manda um recado meu: vai te catar, mentirosa de uma figa!

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