terça-feira, 15 de novembro de 2011

Brigas tecnológicas

Esse é um tema velho. Teses, monografias, dissertações, artigos, livros, filmes, blogs, reportagens, entrevistas, vlogs, crônicas e mais uma parafernália de modalidades de discussões sobre o amor em tempos líquidos. Ou o amor em tempos de cólera. É disso que se trata. O amor e as cóleras. O ser colérico, raivoso, que mediante um sinal, ou sintoma de traição, usa as tecnologias em seu favor. Ou contra. Ou não, como diria um baiano famoso.

De tanto que é repetitivo, merece atenção. Claro. É um problema inventado pelos humanos. O homem criou a máquina. Aperfeiçoou formas de comunicação. Estabeleceu fios que se conectam. Inventou redes virtuais. Também os torpedos. E o identificador de chamadas. Tudo o que podia para agilizar as relações e comunicações.


Em apenas um clique, no leque de opções salvas, diz em frases-modelos adoráveis: "eu te amo" ou "desça" ou "quero você". Em segundos, também, podemos lamentavelmente ouvir "este celular está fora de área de cobertura" ou ainda lermos um frio saipralágrude do tipo: "ligo mais tarde". E, sabemos, o celular continuará fora de área por dias ou meses. Ou para sempre. E aquela ligação mais esperada nunca mais aparecer no telefone. E o amor prometido sequer vingar.

Também, por conta dessas ágeis ferramentas, podemos ser vítimas de assédio, de seres enfurecidos e enciumados. Uma mensagem, um torpedo, uma ligação, um "scrap". Tudo pode vir à tona e detonar uma promissora relação, ainda engatinhando. Desconfianças à parte, penso que as mulheres são campeãs extraordinárias em seguir pistas e encontrar o que tanto procuram. E vitimadas, sentem-se no direito de lutar pelos 'seus' homens. Caos.

Não suporto fazer parte de conflitos envolvendo ligações perigosas. E mais que isso. Me sinto péssima ao saber que alguém que não conheço, pode me ligar a qualquer momento, ou me enviar algum texto de teor duvidoso, exigindo explicações ou me situando sobre o que está rolando.... ter o meu telefone ao alcance e à disposição dessas criaturas indomadas é o fim.

Um jargão. Como uma faca e seus usos, as tecnologias podem ser usadas para fins informartivos ou destrutivos. Aqui, quero informar e ao mesmo tempo destruir ideias errôneas de que podemos tudo, inclusive invadir a vida alheia, apenas porque queremos controlar por onde anda e com quem se relaciona o dono do nosso afeto.

Não acredito nessa estratégia. Considero danosa, infantil e pior, muito, mas muito equivocada. O alvo, nesse tipo de jogo, deve ser o cara. Ele é o traidor, o pulador de cerca. É pra ele que devemos dirigir nossa raiva e nossa indignação. Aliás, é dele que devemos fugir. O correto a fazer? Dá um belo clique na palavra lá no teclado, ENTER e...feito: apagar o registro do contato do traíra! E garanto: ele vai sumir, líquido e escroto, de uma vez por todas.

8 comentários:

  1. Perfeito! Concordo com TUDO!
    Mari

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  2. kkkkkkkkkkk.......rssssss ...falou e disse tudo.....agora só resta finalizar.....Deus livre desse mal.....amem

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  3. Falar é fácil, mas na hora que o sangue ferve a cabeça não pensa.
    Já fiz esse papelão e confesso que não adiantou nada. Melhor foi ficar sem o traíra.

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  4. Excelente! Sempre aconselho minhas amigas que não têm amor próprio nesse sentido! O sacana é o cara que se relaciona com você e não a "outra" que está tão desavisada quanto você já o foi no passado! Perfeito! Parabéns!
    Beta (via facebook)

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  5. As mulheres principalmente, tem o hábito de culpar a terceira pessoa que surge na relação, talvez em uma tentativa frustada de de não aceitar que algo não vai bem, que se surgiu mais alguém, é porque falta algo.Está na hora de analisar o que está acontecendo com o seu relacionamento, se vale a pena continuar, ou o que pode ser mudado pra salvá-lo e principalmente se seu objeto amado pode ser perdoado ou mereça.Às vezes esquecemos de cultivar o amor, e ele adormece, quando não acontece de morrer, nestes casos sempre surge mais um alguém...O que vale mais a pena, partir pra um novo amor ou continuar em uma relação que está doente? Novos caminhos nos levam a coisas boas, pessoas indescritíveis, novas histórias...

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  6. Nossa, o tema agradou...vamos que vamos... beijo em todos!

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  7. Muito bom. Simples e prático. Na verdade a relação é prática, nós é que utilizamos o "controle tecnológico" como opção para reafirmar a posse!! Parabéns.

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  8. kkkk. gostei, o que mais me impressiona é que todo mundo que eu conheço ou foi, ou é ou será, já esteve de algum lado da moeda algum dia, mas as ações e reações não são as mesmas (ainda bem). (Jan via facebook)

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