quinta-feira, 4 de março de 2010

Zé Platão

Tem extraordinária que fala de Tropa de Elite – mais real que isso, desconheço. Mas quero falar do impalpável, daqueles amores despertados com um sorriso, uma palavra, um esbarrão. Isso é que é fantasia... ai, ai... Tá bom, confesso, sou assim. O amor é despertado em mim pelos mais sutis acontecimentos. Adoro isso!
Se existe quem se excite vendo fardas de policiais, excita-me olhares cruzados no meio do nada. Sou dada a amores platônicos. Sei, sei, o nome disso é fantasia, ilusão, imaturidade, imaginação fértil. Agora pense, quem nunca teve um amor inalcançável? Nem que seja um personagem de filme, totalmente criado pelo outro, mas que não sai de nossos sonhos? Nunca?! Ok, vou partir para o exemplo, preciso desabafar.
Nesse carnaval conheci Zé que poderia ser o príncipe encantado de minha existência. Bem humorado (humor ácido como gosto), bonito (certo, bem normal), inteligente (bom vocabulário), suave e safadinho. Não combina suave mais safado, mas ele era assim.
Sabe aquele suspiro que faz o peito subir e os olhos caírem? Penso nele e faço essa cara de “luciana”. Zé estava ali, ao alcance de meus olhos, beijos, mãos, e o que fiz? Disse não. Eu disse NÃO! Queria ver se ele voaria e eu capturaria novamente em algum lugar. Tolinha, 2 milhões de pessoas no carnaval de Salvador, Filhos de Ghandi por todo lado, e eu querendo encontrar um homem completamente simples em alguma esquina, esperando por mim com uma florzinha na mão. O amor platônico é ingênuo demais!
Me testei. Testei o universo. Queria um milagre. Idiota, me sinto uma idiota! Não vou conseguir encontrá-lo nunca! Procurei, confesso. Virei o Google de cabeça pra baixo, mesmo sabendo que com um nome sem sobrenome ou qualquer outra referência seria um pouquinho difícil. Impossível. Odeio essa palavra. Palavra marcada com um carimbo em minha cabeça quando sonho com os platônicos que passaram por minha vida, ou não.

Conselho? Não caia nessa. Principalmente se você passa muito tempo sozinha. A gente começa a falar sozinha e a pegar na própria mão, pensando que pode ser ele, conversar na cozinha como se fizesse um jantar para dois, ou deitar na cama e achar que o cara tá lhe abraçando. Espere, preciso parar de escrever bobagens antes que Zé leia - ele pode chegar de surpresa e me dar um abraço bem gostoso como costuma fazer... ;-)

Um comentário:

  1. Desculpa, mas 'eu te avisei, meu bem eu te falei'... amores impossíveis, ai, ai, ai...amei a viajante esperando o amor..

    ResponderExcluir

Deixe algo extraordinário registrado aqui!