segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Delírio de Agosto nº 1




Comprovadamente sou uma mulher sem muitas experiências amorosas para contar, acho que por isso escrevo tão pouco neste blog. Acontece que tenho muitas amigas, e elas aprontam muito, e dá uma vontade louca de divulgar suas traquinagens, mesmo por que invejo e desejo muitas vezes que aconteça algo parecido comigo um dia...
Uma vez uma delas contou que conheceu um cara numa festa de São Pedro, encostou com ele numa cancela e lá vai amasso. Outra contou um fervoroso encontro num carro, na rua da minha casa. Teve também um caso que encontraram dois no meio da linha de produção da empresa que trabalho. São tantos os lugares para antes e durante o ato que simplesmente nem imagino criar histórias: minha básica vida sexual/afeitva/amorosa não permite avanços além do sofá da sala.
Vou compartilhar uma permitida pela aventureira: a "da festa". Percebi que uma amiga bebia além da conta e lançava olhares famintos para um estrangeiro, daqueles de olho azul como o céu, com roupa meio hippie e ar de quem tomou só banho de mar. Estava acompanhado. A paquera rolou por uma boa parte da noite, eu pegando de relance a troca de olhares e imaginando no que poderia dar, curiosa mais porque acho que essa amiga domina apenas o português além da língua do "i" e do "p". De vez em quando eles se encostavam, típico de paquera de bar, tudo bem discreto, captado pelo meu radar sóbrio.
Então o estrangeiro e sua acompanhante dão ideia de que vão sair. Ele olha para trás aflito; minha amiga levanta o copo de cerveja e oferece um brinde de despedida. Sorrisos e fim - pensava eu. Aí acontece rapidamente que o cara volta sozinho; vai para o banheiro; minha amiga o segue; depois de alguns muitos minutos ela volta sorrindo, bebericando o copo com ar de conquistadora de novos mundos. Querem saber o que aconteceu? Eu também! Ela simplesmente não se lembra! Amnésia alcoólica.
Até hoje me pergunta como ela saiu do banheiro, se descabelada, se com a roupa torta, se feliz. Digo que o que quer que tenha acontecido deve ter sido bom, pois lembro de um rubor típico dos arroubos mais interessantes. Ela fica vermelha novamente e sorri de canto, relembrando do que não se lembra. E eu, frustrada, tento imaginar como foi o diálogo, se é que existiu:
- Po-vo pê-cê pa-fa pa-la po-por pu-tu pê-guês?
- What?
- Deixa pra lá, cara, you deve is o love de minha life!

5 comentários:

  1. Veja bem, eu que sou declaradamente uma pessoa que não pode consumir bebida alcoólica que no dia seguinte se esquece do que fez e com quem fez, vou dizer o seguinte: fila de banheiro é tudoooooooooooo...risos... adorei a história doida com o gringo.. poderia ter sido comigo, com certeza! Risos..

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  2. Adorei a imagem, muito fofa! A música é boba demais, mas o importante foi o contexto...por isso, boba e oportuna! Viva o sertanejo...kkkkkkkk

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  3. essa história de que tem poucas experiências e aventuras não cola... escreve mais... certamente há outros achados extraordinários em seu currículo!!!
    #ordináriareclamando

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  4. kkkkkkkkkkk
    Com ou sem amnésia alcóolica aposto que ela curtiu muuuuuuiiito!!!

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