domingo, 9 de outubro de 2011

Paixão: o avesso do amor?

Coisa antipática, o tal do esperar. Do criar expectativas. Do aguardar. Do ansiar. Do ficar à espreita.

Nunca fui do tipo "mulherzinha", nem no bom nem no mal sentido, se é que existe um mal sentido para ser e estar mulherzinha, num tempo em que a humanidade tem mais delas do que o contrário. Se é maioria, deve ser porque é muito bom. Só pode.

Quanto a mim, cada vez entendo menos esse jeito de ser e estar mulherzinha. A tal da independência que dizem muitos que tenho, e de sobra, é outra coisa que creio ser falsa. Não me sinto autosuficiente, independente. Nem mulherzinha. Essa confusão em minha identidade só não é pior porque pouco penso sobre isso. Hoje é um dia desses. Quero falar disso.

Me causa estranheza ficar à mercê dos acontecimentos. À mercê do tempo. Eu sou ligeira. Gosto de resolver trocentas coisas num mesmo tempo. Escrevo, checo e-mails, converso, como, ouço músicas, vejo programação de filmes em cartaz, atendo ligações, vejo o tempo, se está bom para tomar sol, ou dar uma caminhada. Checo a porra do celular, pela milésima vez, pra ver se encontro uma ligação perdida, ou ao menos um torpedo.

Sou avessa a palavrões na escrita. Quem me conhece um pouco melhor, sabe o quanto sou comedida, e muitas vezes formal, bem diferente de como me manifesto olho no olho. Mas, caralho, tô muita pirada comigo. Por estar à mercê da sorte. Sonhando com uma coisa que nem sei se existe, ou se é fruto da minha doença, em ver beleza e poesia em tudo, inclusive nele, objeto dos meus últimos desejos de consumo.

Queria consumi-lo, mesmo, sem moderações. Pouco me importariam os efeitos colaterais. Claro, já estou sob o efeito de todos eles, exatamente como aqueles piores, das bulas dos remédios tarja preta.

Puta que pariu! A mulherzinha independente aqui está, literalmente, de quatro, por aquele careca, barrigudo, que não me dá notícias a insuportáveis três dias. Ele só pode ser filho de uma descabaçada!

Nessas horas, não me entupo de calmantes, nem como chocolate. Sempre recorro a uma mulherzinha desaforada e extraordinária, que adoro: a Baratinha...

É que preciso dela, pra (conseguir) achar graça, desse estado de letargia em que me encontro. Vai, queridona, dá seu recado, aí, sem medo de se expor....

4 comentários:

  1. Extraordinariamente furiosa com aquele #*@&%?}$!!!!!

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  2. Os homens não lidam com o relógio como nós mulheres...o que nos causa ansiedade, nada te, a ver com a deles: a hora do futebol, do rango, do salário entrar...eles pensam de forma muito mais prática...esses filhos da #*@&%?}$!!!!

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  3. O filho da descabaçada mandou torpedo, agora! Misériaaaaaaaaaaaaaa

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  4. kkkkkkk... vcs são umas doidas... kkkkk...

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