sábado, 22 de janeiro de 2011

Não se vá...

"...é o calor, que aquece a alma..."
O título original da comédia romântica é The Holiday. No Brasil, ficou traduzido para "O amor não tira férias", um filminho água com  marshmallow, com o fofo do Jude Law, que interpreta um viúvo (uau) lindão, que sabe cozinhar e entreter as duas filhinhas (e qualquer mocinha de sorte), e que cai de amores por Cameron Diaz. A personagem dela, por sua vez, resolve tirar férias de si mesma, de sua vida, quando decide viajar para um lugar bem distante e diferente da sua realidade. Há mais na história, mas quero me centrar nessa ideia de "tirar férias para livrar-se de um infortúnio, de uma paixão mal resolvida".
A meu ver, fugas nunca dão certo, ou nunca conseguem corresponder ao que desejamos. Nos livramos de um contexto e logo nos metemos em outro. Não controlamos absolutamente nada no território amoroso. E nem poderíamos...
No filme, o amor chega rápido, num encontro de olhares, e uma sessão de beijos de tirar o fôlego. O novo amor, por sua vez, exige atenção, dedicação exclusiva, ou seja, não permite distrações, muito menos férias para os enamorados.
Na vida real, por outro lado, a dor de uma perda e a solidão emplacam, mesmo quando decidimos fugir de nós mesmos. Elas nos perseguem, independente de onde estejamos fisicamente.
Chega de racionalizar..e não é que, em plenas férias, o amor me pegou? Pois então, aquela máxima que dizem por aí 'hoje pode acontecer tudo, inclusive nada' comigo funcionou às avessas. Do nada, aconteceu tudo.
E, revendo o filme hoje, consegui chorar como a personagem da Cameron Diaz, vivendo a situação de descobrir-se apaixonada por alguém, que mora quase do outro lado do mundo. Fiquei com uma vontade imensa de segurar o tempo, controlar os destinos, ou apertar a tecla 'pause' no exato momento em que ele me disse "estou triste, porque vou embora". Me pareceu Jude Law, o fofo viúvo capaz de me fazer caminhar de salto alto, na neve!
E o olhar do meu Jude Law, quente como seu beijo, e suas mãos fortes, me paralisou. Me fez acreditar que podemos fazer filminho água com  marshmallow, em nossas vidas. E mais. Podemos reeditá-los, trocar os protagonistas, mudar os cenários. Mas sem os infelizes créditos finais. Apenas recheado de cenas extraordinariamente românticas. Seria doce. Como água para chocolate!
Deixa quieto...essa (já) é uma outra história de cinema...

2 comentários:

  1. Ai ai... acho que essa viagem me mudou um pouco sabia? Ando com zero paciência pra filme água com marshmallow, bem como para paixões do outro lado do mundo. Meu lado concreto está falando alto! Mas fico feliz pela extraordiária! Temos que dar chance para que essas coisas aconteçam nas nossas vidas, com certeza!

    Beijo!

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